terça-feira, 22 de dezembro de 2015

LEITURA COMO HERANÇA - O FASCÍNIO DA LEITURA


Resolvi postar alguns comentários meus, a respeito da questão da formação de leitores e a certeza de que pelo menos o início se dá em casa, no seio da família.


LEITURA COMO HERANÇA

Sem nenhuma sombra de dúvida, o gosto pela leitura inicia em casa, com alguma pessoa da família que gosta de ler e a gente começa a ter a curiosidade para tal, principalmente, se essa pessoa lhe causa alguma admiração.

Em minha família, era o meu pai que gostava de ler; lembro de vê-lo sempre com um jornal na mão. Naquela época era o Jornal do Brasil, o JB. Lembro também de ouvir ele elogiar Chico Buarque; lembro mais perfeitamente quando entrou na sala de nossa casinha e balançando um papel na mão, dizia o quanto era linda aquela canção: Carolina, de Chico Buarque de Hollanda. Sentou-se no sofá da sala e chamou a minha mãe e, nós, os filhos. Estava escrita à mão. Leu em voz alta aquela letra maravilhosa, repleta de lirismo:

Carolina,

Nos seus olhos fundos

Guarda tanta dor,

A dor de todo esse mundo



Eu já lhe expliquei que não vai dar.

Seu pranto não vai nada mudar.

Eu já convidei para dançar.

É hora, já sei, de aproveitar.



Lá fora, amor,

Uma rosa nasceu.

Todo mundo sambou.

Uma estrela caiu.

Eu bem que mostrei sorrindo,

Pela janela, ói que lindo,

Mas Carolina não viu.

(...)

E assim ele cantou depois a canção.
Recordo-me também de ouvir ele elogiar David Nasser e o livro Por uma menina morta. Elogiava também Chico Anísio e alguns outros.

O JB era um jornal de oposição, esquerdista, bem conceituado. Havia ideologia; havia, a meu entender, é claro, uma imensa vontade de que tudo desse certo. Vivíamos tempos de ditadura militar. Anos de silêncio e aparências.

Portanto, a leitura fazia parte de minha família. E aquilo me dava gosto.

Logo que cresci mais um pouco, passei a ler bastante. Inclusive passei a presentear meu pai com livros.

Além de meu pai, e não posso deixar de citar, a mãe de uma amiga muito querida gostava de ler e com ela conheci livros clássicos como O morro dos vento uivantes e Jane Eyre, romances longos e belos. Desenvolvi o gosto por sagas de família, com ela, a Dona Teresa, mãe da Lúcia.

Meu irmão, minha irmã e eu, nos formamos leitores, dessa maneira, no seio da nossa família.

FESTAS DE FIM DE ANO - MOMENTO DE LEITURA E CRIAÇÃO



COM TODA SINCERIDADE

Se eu pudesse, pularia a semana em que temos o Natal e o Ano Novo. São apenas nove dias, eu contei. De 24 de dezembro a 01 de janeiro. Assim mesmo que eu faria. No dia 23, à meia-noite, dormiria. Só acordaria em 01 de janeiro, também à meia-noite.

Portanto, sem mesas fartas, sem árvores de Natal, sem a obrigatoriedade de presentes ou esmolas. Depois, na passagem de um ano para outro, eu não ouviria os fogos a brilhar no céu da noite e não precisaria desejar o mesmo Feliz Ano Novo como acontece toda vez. Não porque eu não deseje o bem para os meus amigos, mas porque é sempre a mesma situação. Música, cerveja, comida, bum, bum, abraços, beijos, chororô. Dormir.

Dia 1º, ressaca, cansaço e mais comida, cerveja ou vinho, talvez champanhe. Repetição de desejos, anseios, objetivos a serem alcançados.

Ah, não! Por mim, esses dias sumiriam do meu calendário, não servem para mais nada, nem mesmo de referência. Não passam de uma grande bobagem humana. A vida segue e seguirá seu rumo sem esses festejos impostos a todos.

Chega-se a um tempo no tempo que não precisamos mais de disfarces dos sentimentos. Muito menos manter as aparências. Amizade, amor, felicidade, a gente encontra por aí. Abraços podem ser dados sem motivos, e esperança, - diz a sabedoria popular - é a última que morre. Portanto, a esperança vai conosco até o túmulo.

Que diferença tudo isso faz?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

AÇUCENA - FALAREI DE FLORES

Talvez não seja preciso eu dizer nada, apenas admirar:
 



A PROPÓSITO



Em 10 de dezembro, Clarice Lispector comemoraria 95 anos.

"Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."
 
Curiosamente, a morte de Clarice aconteceu em 9 de dezembro de 1977, um dia antes de completar 57 anos. 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

VIDA DE GADO



Olá!

Acordei hoje com uma letra de música na cabeça. Por quê? Não sei dizer.
Vou postá-la, talvez alguém me diga.

É de Zé Ramalho e se chama VIDA DE GADO.

Vocês que fazem parte dessa massa,
Que passa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber.
E ter que demonstrar sua coragem

à margem do que possa aparecer.
E ver que toda essa engrenagem
Já sente a ferrugem lhe comer.

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz

Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia
Os homens a publicam no jornal
E correm através da madrugada
A única velhice que chegou
Demoram-se na beira da estrada
E passam a contar o que sobrou.

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz

O povo foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonham com melhores tempos idos
Contemplam essa vida numa cela
Esperam nova possibilidade
De verem esse mundo se acabar
A arca de Noé, o dirigível,
Não voam, nem se pode flutuar,
Não voam, nem se pode flutuar,
Não voam, nem se pode flutuar.

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado e,
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado e,
Povo feliz

LEITURA E COLHEITA (II) - O FASCÍNIO DA LEITURA (continuação)

LEITURA E COLHEITA (II)


A partir de então, Luzia de Maria continua com a história da escola. Faz-nos recordar a época medieval em que a aprendizagem era um legado absolutamente natural, fazia parte da convivência entre adultos e crianças; após a ascensão da burguesia no século XVIII os cuidados com a educação fizeram com que a escola fosse instalada e essa noção compartimentada dos negócios e da família, em que a família ficou em lugar mais privativo e os negócios ficaram nas ruas, está aí até hoje. Provocou-se assim uma fenda entre a vida em família e a escola. 
 
Surgiu então a pedagogia do silêncio. Com excesso de normas disciplinares. A autora lista três ingredientes para o que ela chama de arbitrariedade em nome da disciplina: 
- tradição; 
- despreparo de professores; 
- o autoritarismo das últimas décadas.

Para ela, elegeu-se o silêncio em sala de aula - em nome da disciplina - como condição indispensável para a eficácia da aprendizagem.

Luzia de Maria segue a corrente pedagógica de uma educação libertadora de Paulo Freire e Darcy Ribeiro e apoia a interatividade entre professor e aluno, alunos e alunos. Associando o direito à palavra como condição primordial para o desenvolvimento cognitivo. Ler e escrever. Falar e ouvir. Levar em consideração a história de cada um.
Fala do dever com a formação do homem, que acontece na escola, por conseguinte devemos educar para o questionamento, para o diálogo e para a transformação.

Sendo a nossa sociedade letrada, sendo o nosso mundo permeado pela escrita, se faz mister situar-nos na realidade da leitura. Para a autora, as crianças devem ter acesso aos livros, aos jornais, às revistas. Que por sua vez, precisam ser postos ao alcance de todas as classes.
E o papel da escola surge no momento de oferecer e de criar condições para que uma criança, qualquer criança, possa penetrar no mundo da escrita. Preconiza como atividade pedagógica levar a criança a conhecer o longo caminho para a produção de um livro, ver com seus próprios olhos o processo do início ao fim; conhecer a relação intrínseca que têm a escrita e a leitura.
E nesse processo de formação de leitores, o professor precisa se tornar leitor ávido. O professor precisa ter esse comprometimento.

Verba volant, exempla trahunt. As palavras movem, os exemplos arrastam (Pe. Antônio Vieira)

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

CONTO - MOMENTO DE LEITURA E CRIAÇÃO



Oi! postei para vocês, hoje, uma narrativa de minha autoria, espero que gostem!


AQUELA ENORME PANELA DAQUELE LUGAR


Muito longe daqui, muito longe mesmo, existia um lugar, um vilarejo, que possuía uma terra fértil e de magnífica paisagem, onde alguns legumes e algumas verduras moravam em uma enorme panela. Nessa panela cabiam os melhores dos melhores, la crème de la crème. Vários outros utensílios domésticos, pelo vilarejo, se encontravam: conchas, frigideiras, colheres grandes, colheres pequenininhas, jarras transparentes, caldeirão, chaleira, bule, e outros mais. Contudo, naquela panela enorme moravam os mais proeminentes cidadãos leguminosos e verdurosos do vilarejo.
Mesmo que alguns desses cidadãos envelhecessem, pela ordem natural das plantações, outros, que faziam parte do mesmo caldo, mais jovens então, iam para lá, abrilhantar o conteúdo da enorme panela. Misturavam-se em sopas deliciosas, risotos, massas gratinadas, maravilhas da vila e da panela.
Algumas leguminosas ainda frescas surgiam vez em quando, nesse mesmo lugar, preparando coquetéis, em festas altamente temperadas. Mas só aqueles faziam parte da panela. Umas verduras até bem apessoadas e uns legumes extremamente saborosos apareciam, se aproximavam da panela, mas não os deixavam participar de nada que acontecesse.
- Para não ser injusta, algumas vezes era permitida a presença de uns ou outros, sendo que mantinham a situação sob controle.
Então, esses legumes saborosos e essas verduras bem apessoadas, seguros de suas competências, entraram em uma outra panela. É bem verdade que essa outra panela era menor que a enorme panela já conhecida do lugar. Mesmo assim, tentaram. Criaram bons caldos, inventaram novas receitas, testavam conhecimentos adquiridos pela experiência. A diferença estava presente na forma altruísta de agir, permitiam a entrada de todos que quisessem.
Um belo dia, muito belo mesmo, encheram-se de coragem e divulgaram suas ideias e seus ideais, montaram um evento com temas novos e atuais, chamaram legumes de todos os níveis sociais, verduras e as frutas também. Por que não?
- Hum, não deu certo! Ah, que pena! Em que será que erraram?
Persistentes, esses legumes saborosos e essas verduras bem apessoadas se mantiveram na panela que conseguiram. Menos vigorosos, não tenham dúvidas, porém fortes e decididos a viver na nova panela que entraram.
Muitos cidadãos - aqueles daquela outra panela, já conhecida - não tomavam conhecimento da nova panela daquele lugar, mas a panela nova lá estava. Firme e forte. Pensativa e determinada, às vezes se fechava, apenas para manter seu conteúdo preservado.
A enorme e conhecida panela se enchia de orgulho de seus feitos. Cada vez que um legume ou uma verdura daquela panela surgia em algum evento era iluminado pela mídia local. Mexia daqui, mexia dali e todas as vezes descobria-se que a farinha era do mesmo saco, ou melhor, o legume era da mesma panela. Aquela enorme panela daquele lugar.
Houve uma festa no vilarejo dos legumes e verduras e frutas, de todos os tipos. Ali mesmo nesse lugar a que estamos nos referindo.
- Ah! Essa seria a hora de tentar novamente! pensaram os habitantes da panela que surgira recentemente. 
- Temos excelentes ideias e acreditamos no sucesso delas, além do mais são perfeitas para incluir todos os cidadãos leguminosos e verdurosos que quiserem participar. Somos novos na empreitada e temos muita vontade de participar dos eventos que pudermos.
Falou-se com um, falou-se com outro, e novamente ficaram felizes e confiantes. Mas...
- Ai, caramba! Nada de novo aconteceu.
Também, pudera! O dono da festa era conhecido das pessoas da enorme panela. A responsável pelas receitas fazia parte da Associação Panelática dos Legumes Importados. O tempero mais inusitado fora trazido pela presidente da Academia Vilarejiana das Verduras e Leguminosas. É, parece que o espaço já estava tomado.
Existia também naquele lugar um jornal, que cobria os eventos, e os responsáveis pelo jornal eram algumas dessas leguminosas e verdurosas que faziam parte da panela enorme. Ademais quem escreveu o artigo sobre o acontecido tinha lugar de destaque no cabo da panela.
Vejam só, a pequena verdurinha, novinha, que surgiu em meio à festa sendo agraciada pelas lindas poesias, a respeito dos pratos deliciosos, também era filha de um legume e de uma verdura, que já se encontravam na panela, naquela enorme panela de que estamos falando aqui.
- Ora, pipocas! Assim fica difícil!
- Difícil, sim, mas não impossível!
Como toda boa história não deve terminar assim, tão friamente, saibam que não perderam a esperança. Dizem por aí que o vilarejo ainda existe e que a pequena panela continua em pé, eles e elas continuam trabalhando com afinco. Com legumes frescos, verduras viçosas e frutas de diversos sabores para serem apreciadas. Mil ideias para serem postas em prática e lugar para todos que se interessarem em participar. Poderá deixar de ser panela e poderá se tornar um lugar livre em que todos, legumes, frutas, verduras, copos, jarras, bules e outros utensílios mais, possam se manifestar e mostrar a competência e a capacidade de construir um lugar melhor. Longe de panelas e panelões, com diversidade de temperos novos, e compartilhar receitas de dar água na boca.


IDEIA E IDEAIS EDITORA - REPAGINAR


Oi, aviso aos navegantes:



A IDEIA E IDEAIS EDITORA está em processo de reestruturação, assim o site já está fora do ar. 
Os projetos, cursos e serviços também.
Inclusive a logomarca.
Mudarei o visual do blog, por enquanto, já que a logomarca virá um pouco diferente da atual.

A editora voltará ao ar em 2016, REPAGINADA!





segunda-feira, 26 de outubro de 2015

UM POUCO DE SAUDADE



BETO


Saudades, nossa senhora!
Como posso nunca mais?
Meu Deus! Nunca mais...

meu amigo, meu irmão,
meu irmão, meu amigo...

A vida não mais será a mesma.
A lesma se arrasta na flor
A vida desgasta,
se afasta do seu amor!
Passou um ano,
passarão dois, três anos...
Nunca mais em vida na terra.

Saudades, nossa senhora!
Peço clemência...
Como dói a sua ausência
Suprir a falta da sua existência,
Como?
Não mais lhe dizer minhas tristes verdades
Não mais compartilhar as pequenas felicidades...

Saudades!
Saudades mais doídas hoje!
Saudades, doidas saudades!

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

LEITURA E COLHEITA (I) - O FASCÍNIO DA LEITURA (continuação)




Em uma tarde chuvosa, estava eu 'zapeando', quando um programa da TV FASE chamou-me a atenção. Luzia de Maria era a entrevistada.

Falavam sobre livros, leitura, formação escolar, letras e tudo mais a respeito, e como esses assuntos muito me interessam, eu parei para assistir.

Mostravam os muitos livros que Luzia de Maria escreveu; projetos, palestras e cursos que realizou. Bastante interessante o programa e a pessoa de Luzia de Maria. Dotada de um raciocínio crítico a respeito da educação, da formação de leitores e do papel da escola na atualidade.

O livro Leitura e Colheita (um dos assuntos relevantes na entrevista) me causou uma enorme curiosidade e uma imensa vontade de conhecer seu conteúdo.



LEITURA E COLHEITA (I)



Luzia de Maria divide o livro em três partes:


I – Do direito ao conhecimento;

II – Olhar o mundo, confrontar-se;

III – Livros e leituras: partilhar.



Na primeira parte, composta de oito tópicos, ela constrói inicialmente uma síntese sobre a educação, desde as sociedades primitivas, mencionando a Revolução Industrial até o atual momento tecnológico (século XXI). Fala das necessidades de mudanças radicais na posição da escola e questiona o verdadeiro sentido de “saber ler”. Qual a exata dimensão da leitura no processo de formação do homem contemporâneo?

Reflete sobre o analfabetismo absoluto e o funcional relacionando-os não só à preocupação com justiça social, mas também à preocupação econômica junto ao desenvolvimento e ao progresso de uma nação.

Luzia de Maria cita professores, pensadores e pesquisadores consagrados como Vigotsky, Frank Smith, Jean Foucambert, entre outros, sempre com a finalidade de estimulo à leitura e à formação de leitores sem se importar em que idade isso venha a acontecer. E lembra ainda que qualquer experiência que tenhamos significa estarmos vivos e a leitura é experiência e o aprendizado advém da experiência.



Essa resenha é do primeiro tópico, da primeira parte, cujo título é LEITURA: UMA FACE DA EXPERIÊNCIA.




quarta-feira, 14 de outubro de 2015

LEITURA E COLHEITA - O FASCÍNIO DA LEITURA






Terminei ontem (13 de outubro de 2015) de ler o livro LEITURA & COLHEITA – Livros, leitura e formação de leitores, de Luzia de Maria, Edição 2008, composto e impresso pela Editora Vozes, e, antes de preparar a resenha dessa obra, eu resolvi postar neste blog pequenas porções que escolhi para reflexão:




“... Enfim, para corresponder à complexidade dos novos tempos, é necessário oferecer melhor formação àqueles que vão atuar nessa sociedade.” (pag 15)

“Mais do que nunca se cobra da escola que saia da posição de simples transmissora de informações e assuma a formação de crianças aptas a construir conhecimentos, não apenas lhe oferecendo condições propícias para tal, mas também priorizando autonomia enquanto condição essencial, para que elas, fora do espaço escolar,
 deem continuidade ao processo de aprender.” (pag 16)

“... o analfabetismo, ainda que funcional, custa caro, tanto para as empresas quanto para a nação em seu conjunto.” (pag 19)

“... a leitura é a possibilidade de diálogo para além do tempo e do espaço; é o alargamento do mundo para além dos limites do nosso quarto, mesmo sem sairmos de casa;...” (pag 25)

“O que queremos formar afinal: indivíduos que se calem, submissos, diante de um poder qualquer, muitas vezes arbitrário, ou cidadãos capazes de legitimar suas posições, argumentando e defendendo seus direitos? Educamos para o silêncio ou para o diálogo?” (pag 39)


Por enquanto é só.

domingo, 4 de outubro de 2015

CAMÕES, UM VISIONÁRIO



CAMÕES, UM VISIONÁRIO

(…)

129

- Põe-me onde se use toda a feridade,
Entre leões e tigres, e verei
Se neles achar posso a piedade
que entre peitos humanos não achei”

(…)”


Em pleno século XVI, Luiz Vaz de Camões, em Os Lusíadas, já faz suas considerações sobre a falta de piedade inerente ao homem.
Esse fragmento pertence ao Episódio Inês de Castro, Canto III, Estância 129. Camões com seus decassílabos heroicos narra a história do assassinato de Inês de Castro, por D. Afonso IV, rei de Portugal, em virtude do caso de amor proibido entre ela (Inês) e o príncipe Dom Pedro, filho de Dom Afonso.

É a súplica pela vida. Inês pede piedade e não encontra a resposta que queria, foi morta pelos brutos matadores do rei.

Como podem ver, desde há muito a humanidade se faz cruel. O amor entre eles e o assassinato dela ocorreu no século XIV.

Escrevi este texto em homenagem aos refugiados que suplicam ao menos um pouco de piedade pelas dificuldades que estão passando!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

AÍ VAI MEU CORAÇÃO - UM BOM LIVRO PARA LER E TER EM SUA ESTANTE




Terminei de ler, há alguns dias, o livro Aí vai meu coração, de Ana Luísa Martins. São cartas que Tarsila do Amaral e Anna Maria Martins remeteram para Luís Martins. Conteúdo bastante precioso de uma época vivida por essas três pessoas.




Cartas que nos contam íntimos pedaços de vidas entrelaçadas.
A autora Ana Luísa Martins, filha de Anna Maria Martins e Luís Martins, deu vida novamente aos amores compartilhados em momentos, primeiramente, distintos e - por obra do destino - mais tarde cruzados finalizando um amor e iniciando outro.
O crédito do projeto gráfico é de Márcia Signorini, pessoa que conheci por meio de um curso a distância de Produção Gráfica Editorial, oferecido pela Universidade do Livro. Ela (prof Márcia) com esse projeto nos oferece um livro diferenciado e de excelente apresentação.
Descobri, ao ler essa obra, o Sr Luís Martins, escritor, jornalista, crítico de arte. No livro, são publicadas algumas crônicas dele que eram publicadas no Estado de São Paulo, na década de 50. Muito boas, de muito bom gosto.
Vale a pena ler essa história e assim conhecemos também mais uma fase da vida de Tarsila do Amaral (importante pintora brasileira). Gostei bastante.


A LOGOMARCA DE MINHA EDITORA

Essa logomarca que está por trás das postagens é da minha editora (a Ideia e Ideais Editora)

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

SOBRE O QUE FALAREI

Olá!
Criei este blog na intenção de poder refletir com vocês a respeito de assuntos que venham a me incomodar e outros que venham a me encantar.
Falarei de minha editora - a Ideia e Ideais Editora - novinha e imensa de objetivos a serem alcançados, metas a serem atingidas. Sempre voltada para incentivar a importância da educação escolar, a excelência na formação de leitores e a divulgação de novos escritores.
Falarei sobre livros e postarei resenhas também.
Falarei a respeito do caminho que segue a humanidade.
Falarei sobre flores, quando chegar a primavera e sempre que houver inspiração para criar.
Falarei sobre borboletas, quando as encontrar e algo em mim se fortalecer para renovar.
Falarei sobre crianças, todas as vezes que puder e todas as vezes que eu me sentir plena de amor.
Procurarei oferecer a vocês o doce prazer do encontro literário.

  A angústia de um pesar      Durante a madrugada me vieram lembranças. Um tanto quanto estranha a minha alma estava que, ...