segunda-feira, 26 de outubro de 2015

UM POUCO DE SAUDADE



BETO


Saudades, nossa senhora!
Como posso nunca mais?
Meu Deus! Nunca mais...

meu amigo, meu irmão,
meu irmão, meu amigo...

A vida não mais será a mesma.
A lesma se arrasta na flor
A vida desgasta,
se afasta do seu amor!
Passou um ano,
passarão dois, três anos...
Nunca mais em vida na terra.

Saudades, nossa senhora!
Peço clemência...
Como dói a sua ausência
Suprir a falta da sua existência,
Como?
Não mais lhe dizer minhas tristes verdades
Não mais compartilhar as pequenas felicidades...

Saudades!
Saudades mais doídas hoje!
Saudades, doidas saudades!

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

LEITURA E COLHEITA (I) - O FASCÍNIO DA LEITURA (continuação)




Em uma tarde chuvosa, estava eu 'zapeando', quando um programa da TV FASE chamou-me a atenção. Luzia de Maria era a entrevistada.

Falavam sobre livros, leitura, formação escolar, letras e tudo mais a respeito, e como esses assuntos muito me interessam, eu parei para assistir.

Mostravam os muitos livros que Luzia de Maria escreveu; projetos, palestras e cursos que realizou. Bastante interessante o programa e a pessoa de Luzia de Maria. Dotada de um raciocínio crítico a respeito da educação, da formação de leitores e do papel da escola na atualidade.

O livro Leitura e Colheita (um dos assuntos relevantes na entrevista) me causou uma enorme curiosidade e uma imensa vontade de conhecer seu conteúdo.



LEITURA E COLHEITA (I)



Luzia de Maria divide o livro em três partes:


I – Do direito ao conhecimento;

II – Olhar o mundo, confrontar-se;

III – Livros e leituras: partilhar.



Na primeira parte, composta de oito tópicos, ela constrói inicialmente uma síntese sobre a educação, desde as sociedades primitivas, mencionando a Revolução Industrial até o atual momento tecnológico (século XXI). Fala das necessidades de mudanças radicais na posição da escola e questiona o verdadeiro sentido de “saber ler”. Qual a exata dimensão da leitura no processo de formação do homem contemporâneo?

Reflete sobre o analfabetismo absoluto e o funcional relacionando-os não só à preocupação com justiça social, mas também à preocupação econômica junto ao desenvolvimento e ao progresso de uma nação.

Luzia de Maria cita professores, pensadores e pesquisadores consagrados como Vigotsky, Frank Smith, Jean Foucambert, entre outros, sempre com a finalidade de estimulo à leitura e à formação de leitores sem se importar em que idade isso venha a acontecer. E lembra ainda que qualquer experiência que tenhamos significa estarmos vivos e a leitura é experiência e o aprendizado advém da experiência.



Essa resenha é do primeiro tópico, da primeira parte, cujo título é LEITURA: UMA FACE DA EXPERIÊNCIA.




quarta-feira, 14 de outubro de 2015

LEITURA E COLHEITA - O FASCÍNIO DA LEITURA






Terminei ontem (13 de outubro de 2015) de ler o livro LEITURA & COLHEITA – Livros, leitura e formação de leitores, de Luzia de Maria, Edição 2008, composto e impresso pela Editora Vozes, e, antes de preparar a resenha dessa obra, eu resolvi postar neste blog pequenas porções que escolhi para reflexão:




“... Enfim, para corresponder à complexidade dos novos tempos, é necessário oferecer melhor formação àqueles que vão atuar nessa sociedade.” (pag 15)

“Mais do que nunca se cobra da escola que saia da posição de simples transmissora de informações e assuma a formação de crianças aptas a construir conhecimentos, não apenas lhe oferecendo condições propícias para tal, mas também priorizando autonomia enquanto condição essencial, para que elas, fora do espaço escolar,
 deem continuidade ao processo de aprender.” (pag 16)

“... o analfabetismo, ainda que funcional, custa caro, tanto para as empresas quanto para a nação em seu conjunto.” (pag 19)

“... a leitura é a possibilidade de diálogo para além do tempo e do espaço; é o alargamento do mundo para além dos limites do nosso quarto, mesmo sem sairmos de casa;...” (pag 25)

“O que queremos formar afinal: indivíduos que se calem, submissos, diante de um poder qualquer, muitas vezes arbitrário, ou cidadãos capazes de legitimar suas posições, argumentando e defendendo seus direitos? Educamos para o silêncio ou para o diálogo?” (pag 39)


Por enquanto é só.

domingo, 4 de outubro de 2015

CAMÕES, UM VISIONÁRIO



CAMÕES, UM VISIONÁRIO

(…)

129

- Põe-me onde se use toda a feridade,
Entre leões e tigres, e verei
Se neles achar posso a piedade
que entre peitos humanos não achei”

(…)”


Em pleno século XVI, Luiz Vaz de Camões, em Os Lusíadas, já faz suas considerações sobre a falta de piedade inerente ao homem.
Esse fragmento pertence ao Episódio Inês de Castro, Canto III, Estância 129. Camões com seus decassílabos heroicos narra a história do assassinato de Inês de Castro, por D. Afonso IV, rei de Portugal, em virtude do caso de amor proibido entre ela (Inês) e o príncipe Dom Pedro, filho de Dom Afonso.

É a súplica pela vida. Inês pede piedade e não encontra a resposta que queria, foi morta pelos brutos matadores do rei.

Como podem ver, desde há muito a humanidade se faz cruel. O amor entre eles e o assassinato dela ocorreu no século XIV.

Escrevi este texto em homenagem aos refugiados que suplicam ao menos um pouco de piedade pelas dificuldades que estão passando!

  A angústia de um pesar      Durante a madrugada me vieram lembranças. Um tanto quanto estranha a minha alma estava que, ...