quinta-feira, 29 de outubro de 2015
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
UM POUCO DE SAUDADE
BETO
Saudades,
nossa senhora!
Como
posso nunca mais?
Meu
Deus! Nunca mais...
meu
amigo, meu irmão,
meu
irmão, meu amigo...
A
vida não mais será a mesma.
A
lesma se arrasta na flor
A
vida desgasta,
se
afasta do seu amor!
Passou
um ano,
passarão
dois, três anos...
Nunca
mais em vida na terra.
Saudades,
nossa senhora!
Peço
clemência...
Como
dói a sua ausência
Suprir
a falta da sua existência,
Como?
Não
mais lhe dizer minhas tristes verdades
Não
mais compartilhar as pequenas felicidades...
Saudades!
Saudades
mais doídas hoje!
Saudades,
doidas saudades!
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
LEITURA E COLHEITA (I) - O FASCÍNIO DA LEITURA (continuação)
Em
uma tarde chuvosa, estava eu 'zapeando', quando um programa da TV
FASE chamou-me a atenção. Luzia de Maria era a entrevistada.
Falavam
sobre livros, leitura, formação escolar, letras e tudo mais a
respeito, e como esses assuntos muito me interessam, eu parei para
assistir.
Mostravam
os muitos livros que Luzia de Maria escreveu; projetos, palestras e
cursos que realizou. Bastante interessante o programa e a pessoa de
Luzia de Maria. Dotada de um raciocínio crítico a respeito da
educação, da formação de leitores e do papel da escola na
atualidade.
O
livro Leitura e Colheita (um dos assuntos relevantes na entrevista)
me causou uma enorme curiosidade e uma imensa vontade de conhecer seu
conteúdo.
LEITURA
E COLHEITA (I)
Luzia
de Maria divide o livro em três partes:
I
– Do direito ao conhecimento;
II
– Olhar o mundo, confrontar-se;
III
– Livros e leituras: partilhar.
Na
primeira parte, composta de oito tópicos, ela constrói inicialmente
uma síntese sobre a educação, desde as sociedades primitivas,
mencionando a Revolução Industrial até o atual momento tecnológico
(século XXI). Fala das necessidades de mudanças radicais na posição
da escola e questiona o verdadeiro sentido de “saber ler”. Qual a
exata dimensão da leitura no processo de formação do homem
contemporâneo?
Reflete
sobre o analfabetismo absoluto e o funcional relacionando-os não só
à preocupação com justiça social, mas também à preocupação
econômica junto ao desenvolvimento e ao progresso de uma nação.
Luzia
de Maria cita professores, pensadores e pesquisadores consagrados
como Vigotsky, Frank Smith, Jean Foucambert, entre outros, sempre com
a finalidade de estimulo à leitura e à formação de leitores sem
se importar em que idade isso venha a acontecer. E lembra ainda que
qualquer experiência que tenhamos significa estarmos vivos e a
leitura é experiência e o aprendizado advém da experiência.
Essa
resenha é do primeiro tópico, da primeira parte, cujo título é
LEITURA: UMA FACE DA EXPERIÊNCIA.
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
LEITURA E COLHEITA - O FASCÍNIO DA LEITURA
Terminei ontem (13
de outubro de 2015) de ler o livro LEITURA & COLHEITA –
Livros, leitura e formação de leitores, de Luzia de Maria, Edição
2008, composto e impresso pela Editora Vozes, e, antes de
preparar a resenha dessa obra, eu resolvi postar neste blog pequenas porções que escolhi para reflexão:
“... Enfim, para
corresponder à complexidade dos novos tempos, é necessário
oferecer melhor formação àqueles que vão atuar nessa sociedade.”
(pag 15)
“Mais do que nunca
se cobra da escola que saia da posição de simples transmissora de
informações e assuma a formação de crianças aptas a construir
conhecimentos, não apenas lhe oferecendo condições propícias para
tal, mas também priorizando autonomia enquanto condição essencial,
para que elas, fora do espaço escolar,
deem continuidade ao processo
de aprender.” (pag 16)
“... o
analfabetismo, ainda que funcional, custa caro, tanto para as
empresas quanto para a nação em seu conjunto.” (pag 19)
“... a leitura é
a possibilidade de diálogo para além do tempo e do espaço; é o
alargamento do mundo para além dos limites do nosso quarto, mesmo
sem sairmos de casa;...” (pag 25)
“O que queremos
formar afinal: indivíduos que se calem, submissos, diante de um
poder qualquer, muitas vezes arbitrário, ou cidadãos capazes de
legitimar suas posições, argumentando e defendendo seus direitos?
Educamos para o silêncio ou para o diálogo?” (pag 39)
Por enquanto é só.
domingo, 4 de outubro de 2015
CAMÕES, UM VISIONÁRIO
CAMÕES,
UM VISIONÁRIO
“(…)
129
-
Põe-me onde se use toda a feridade,
Entre
leões e tigres, e verei
Se
neles achar posso a piedade
que
entre peitos humanos não achei”
(…)”
Em
pleno século XVI, Luiz Vaz de Camões, em Os Lusíadas, já faz suas
considerações sobre a falta de piedade inerente ao homem.
Esse
fragmento pertence ao Episódio Inês de Castro, Canto III, Estância 129. Camões
com seus decassílabos heroicos narra a história do assassinato de
Inês de Castro, por D. Afonso IV, rei de Portugal, em virtude do
caso de amor proibido entre ela (Inês) e o príncipe Dom Pedro,
filho de Dom Afonso.
É a
súplica pela vida. Inês pede piedade e não encontra a
resposta que queria, foi morta pelos brutos matadores do
rei.
Como
podem ver, desde há muito a humanidade se faz cruel. O
amor entre eles e o assassinato dela
ocorreu no século XIV.
Escrevi
este texto em homenagem aos refugiados que suplicam
ao menos um
pouco de piedade pelas dificuldades que
estão passando!
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