quarta-feira, 9 de novembro de 2016

MEDO


Sinto medo e uma grande tristeza em relação ao caminho que segue a humanidade...
E o pior é que algumas pessoas próximas nem estão se dando conta do que pensam e falam. Repetem como papagaios o que leem nas redes sociais e o que ouvem de outras pessoas convictas da certeza do que pensam ser certo.

Sinto medo quando leio em alguns jornais determinados políticos se manifestarem como se fossem "os cheios de razão". E alguns amigos concordam com estes tipos.

Sinto medo do preconceito escancarado, mais do que o velado. Sinto medo do extremismo da direita e do radicalismo cego de quem não ouve ninguém.

Sinto medo quando vejo alguém deixar um lixo cair no chão e não pegar; mais medo ainda sinto quando ouço alguém que não se importa de jogar um guarda-chuva velho no rio ou aqueles que jogam papel higiênico no vaso da privada, sem ao menos entender que aquilo vai direto para as águas dos rios.

Sinto medo das pessoas e do mundo. Sinto medo do caminho que segue a humanidade.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

CARTA DA TERRA



Para refletir

PREÂMBULO
(...)
Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz.
(...)


Isto é só um pedacinho dela...


quarta-feira, 31 de agosto de 2016

LUTO


SALVE A PLUTOCRACIA!!!

SALVE A CLEPTOCRACIA!!!

QUE PENA, VIOLENTOU-SE A DEMOCRACIA!

QUAL O PROBLEMA?

NINGUÉM SE IMPORTA, NÃO É MESMO

ESTOU UM POUCO TRISTE. 

AGORA, NÃO TEM MAIS JEITO

QUE PENA!!!

QUEM VIVER VERÁ...

terça-feira, 2 de agosto de 2016

INFÂNCIA - MINHA HISTÓRIA - Continuação



O gato – de quem falei antes - era filhote e se chamava Mescalito. O nome de um personagem do livro de Carlos Castañeda, chamado A Erva do Diabo. Era um dos autores mais lidos nos anos 80.
Nesse morrinho, perdi um crucifixo e a corrente, ambos de prata. Eu estimava muito essa joia. Senti muita tristeza, por isso.
O pé de limão ficou grande e bonito. Meu pai dizia que um homem precisava escrever um livro, ter filhos e plantar uma árvore. Ele plantou o pé de limão, teve três filhos com minha mãe e que eu saiba não escreveu nenhum livro.
- Na vida, nem tudo acontece como nós prevemos.
O quintal era o nosso mundo de criança. Corríamos para lá e para cá.
Minha irmã, mais bebê, colocou um botão da flor de limão dentro do nariz, minha mãe teve de sair correndo pra conseguir que ela o colocasse para fora. E lembro foi difícil ela entender o movimento de expulsar que precisaria fazer com as narinas.
Em frente ao muro da casa, havia um poço. Em que as pessoas da vila e às vezes da rua em frente apanhavam água com uma lata presa a um pau. Faltava água da rua, por vezes.
E esse momento de falta d'água se tornava um momento de prosa afiada entre as pessoas. Muito bom! Tudo, em minha lembrança, era muito bom.
Outro dia vi uma foto desse quintal.
 Minha irmã, naquela época, pequenininha, em pé. E por trás dela, no fundo da foto, a gente vê a Malharia Águia. Uma fábrica de maiôs, com fama internacional. Não está mais localizada ali, mas ainda existe.
Uma época de glamour. As misses – daqueles concursos de miss - vinham de longe fazer prova dos maiôs. Tiravam fotos para revistas. E nós - os moradores daqui de perto - ficávamos olhando, com o maior gosto.
No morrinho de saibro, eu ficava brincando. Havia umas aranhas não perigosas, eu acho. Elas entravam em um buraco na terra e o cobriam com uma espécie de teia mais consistente. Ficava uma tampinha na terra.
Ali, conheci também aqueles tatuzinhos, não sei se lembram ou se conhecem. Uns pequeninos que fechados ficam iguais a uma bolinha preta. Nunca mais os vi. Bem pequeninos mesmo.
Ah! as contas da planta chamada popularmente como lágrimas de Nossa Senhora! Nesse nosso quintal tinha um pé. Fazia colares com as contas. Agulha, fio de nylon. Furava a bolinha e passava o fio de nylon. Depois fechava, com um nó.
As mulheres sempre costumam costurar, tecer os fios da vida. Montar os colares, conta por conta. Arrumar as bolinhas, escolher as cores entre os tons de verde. Textura. Tecido. Vida contada.
Conheci as lesmas, moles, nojentas, babavam as plantas e o muro. As crianças, sem ainda noção do que é mesmo mal, cometem algumas maldades (inocentes!!). Em um certo dia, fiz um experimento: joguei água fervendo sobre uma lesma, grande. Gorda. Comia pedaços de uma planta.
- Nossa! A lesma se desintegrou. Começou a abrir do lado. Encolher e virou uma coisa esquisita, seca.
Ai, que horror! Não me senti bem com aquilo. Talvez tenha entendido o que não era bom. O que não se devia fazer. Chorei e pedi perdão a Deus. Minha mãe me orientou, é lógico!

(Depois, continuo...)

sábado, 30 de julho de 2016

INFÂNCIA - MINHA HISTÓRIA


Outro dia senti saudades do quintal de minha casa, da casa em que nasci. De antes (bem antes) das reformas feitas por meus pais. Reformas necessárias, pois a família aumentou.
Senti saudades do quarto apertado em que ficávamos. Três camas. A casa tinha dois quartos apenas. Éramos três (meu irmão, eu e minha irmã). Nessa ordem mesmo de chegada ao mundo.
O quintal era pequeno, com chão de terra. Um murinho e um portão de uma pessoa só.
Casa de vila. Assim como essas casas para os trabalhadores de uma fábrica. Todas iguais. Viradas uma de frente para a outra. Como se sorrissem sempre umas para as outras. Como se assistissem a hora de dormir, a hora de acordar, a hora de se fechar. Umas das outras.
A vila, vazia de carros. Naquela época, os carros eram poucos. Apenas um vizinho que trabalhava na Vulcan - fábrica de plástico - tinha uma kombi.
Atrás de nossa casa havia um morrinho, morrinho mesmo. Em que meu pai plantara um pé de limão. Nesse morrinho, mais tarde, enterrei meu gato.
Todo de saibro, o morrinho se prestava às nossas brincadeiras. Fiz até um cantinho para uma Nossa Senhora. Um lugar de reza. Meu, só meu.
Brincávamos de ferrinho. Uma brincadeira em que jogávamos o ferrinho no chão de terra para fincar e íamos riscando de um ponto a outro. Quem deixasse o ferrinho cair na hora de fincar, dava a vez para o outro. Ganhava quem desse a volta e chegasse primeiro ao ponto de partida. Fechando assim o circuito.
Acho que enterramos nosso cachorro no morrinho também. O Tobby.

(Depois, continuo...)

terça-feira, 26 de julho de 2016

A ONDA

Olá! Às vezes preciso falar com você que por ventura lê este blog. Engraçado como sinto falta de escrever aqui.

Sei que outras vezes paro um pouco, sabe, só que quando algo parece me incomodar no coração e uma vontade doida de dizer, venho aqui e digo.

Assisti, nesse final de semana, ao filme A ONDA, direção de Denis Gansel. Filme alemão, lançado em 2008. Ficção baseada em fatos reais.

Pequena sinopse, copiada do site adorocinema:

"Baseado no romance "The Wave" de Todd Strasser (sob o pseudônimo de Morton Rhue), uma história de ficção, mas que foi baseada em fatos reais. Em abril de 1967, em uma escola de ensino médio em Palo Alto, na Califórnia, o professor Ron Jones fez o experimento mostrado no filme com os seus alunos, e o chamou de "Third Wave"."
É impactante, sim. A estratégia pedagógica serviria de exemplo, se não fosse as consequências desastrosas. Vale pela possibilidade de reavaliar as práticas docentes. Vale também pelos conceitos filosóficos de algumas situações vividas pela humanidade.

É bom. Principalmente, para quem vive a sala de aula. Vale muito a pena!

Um link para o trailler:




sexta-feira, 22 de julho de 2016

CÁLCULO DE LOMBADAS DE LIVROS


 Olhem só! Encontrei na Web, no link abaixo:

http://www.portalchambril.com.br/index.php/br/area-do-grafico/calculadora


uma forma de calcular  largura de lombadas de livros a serem publicados.

A meu ver, pode ser bastante útil.


Grande Suzano Papel e Celulose!

sexta-feira, 17 de junho de 2016

VAL-ZINE - UM ZINE DO VALPARAÍSO


Dez de junho! Dia da Língua Portuguesa e dia de lançar o VAL-ZINE

Um jornalzinho do Valparaíso com muitas histórias e histórias. Sejam em fotos, em contos, crônicas e poesias.

Vejam a foto da primeira página: VOILÁ!! Aí está. Falarei dele mais tarde. Até

terça-feira, 31 de maio de 2016

LEMBRAR, APENAS LEMBRAR


Oi, amigos e amigas, publico mais um poema do meu livro Sorrisos, amores e dores.

LEMBRAR, APENAS LEMBRAR

Eu, em uma tábua,
a Renata* na outra.
Frio, fogo, a noite chegando.
Cantávamos...
Cantamos muito...
Caetano, Ivan Lins, Milton...

- 'Clareia, manhã!
O sol a esconder a clara estrela, ardente,
pérola do céu refletindo teu corpo...'

Assim, deitadas sobre uma tábua.
Cada uma em uma.
A fogueira apagou,
o sono chegou...
Araras,
mil novecentos e oitenta e... não sei!!!
não quero saber,
saber a data para quê?
Lembrar, apenas lembrar!


Este poema é uma homenagem aos amigos. Nesse dia, fomos a Araras, aqui mesmo em Petrópolis. Passamos a noite de sábado e o domingo lá. Na casa de um casal de amigos (Soninha e Marco André).

Faz muito tempo... Éramos jovens!!

Lembro de todos que lá estavam: *Renata (minha irmã), Garinzinho, Xandinho (madá), Marlene, Patricinha (saudade!), Ricardinho.
Bom, Marco André, Soninha e eu.


No dia do lançamento do livro, a interpretação foi feita pela Terezinha. Parabéns, amiga!


sexta-feira, 13 de maio de 2016

PELA CABEÇA OU PELA RAIZ




Quando se corta o mal pela cabeça, para que ele não cresça, a raiz engrossa.

O mal, a gente corta é pela raiz.


Hoje, estou mesmo um pouco triste e reflexiva.

Muitos amigos foram coadjuvantes da mudança que ocorreu em nosso país, todavia ficará para a história essa espécie de conspiração que, por mais que tenha sido disfarçada de legalidade, foi construída por uma maioria de pessoas desonestas e aflitas. Como se fosse o roto falando do esfarrapado.

Muitos interesses em jogo e uma parte do nosso povo aplaudindo, torcendo por mais essa ilegalidade. Muitos se acham sabedores da realidade e ainda menosprezam outros, cuja visão de mundo difere.

Poderia ter sido diferente, poderiam ter tido boa vontade de ajudar e não de perseguir e ultrajar.

Uma pena!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

BEZERRA DA SILVA – AQUELE QUE ENXERGAVA LONGE


Pernambucano, de Recife, nasceu em 1927. Veio bem cedo para o Rio de Janeiro, trabalhou na construção civil, como ajudante de pedreiro e pintor; um pouco mais tarde, de acordo com o site www.dicionariompb.com.br foi compositor, instrumentista, cantor. Morreu em janeiro de 2005.

Para mim, mais um visionário.

Aqui, já falei de Camões, quando, lá no século XVI, dizia da falta de piedade dos homens e eu trouxe alguns versos de Lusíadas para a atualidade, no caso dos refugiados. No facebook da Ideia e Ideais Editora falei de Shakespeare e a sua face dramática de cunho universal, lembrando da podridão dos homens. E agora, trago para este blogue: Bezerra da Silva.
Merecedor de um documentário chamado Onde a coruja dorme, direção e roteiro de Marcia Derraik e Simplício Neto, e de um livro, intitulado Bezerra da Silva, produto do morro - trajetória e obra de um sambista que não foi santo, de Letícia C. R. Vianna, esse cidadão não está fazendo aniversário nem tampouco há, por agora, uma data especial sobre ele para comemorar.

Estou elogiando Bezerra da Silva pela sua obra, principalmente pela música Se gritar pega ladrão, mais precisamente esta estrofe:

Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um
Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um”

Não disse, mais atual do que isso? Não tem para Shakespeare nem para Camões.

Dá-lhe Bezerra da Silva!!!!

quarta-feira, 20 de abril de 2016

ÉRIKA


Hoje, publico o poema ÉRIKA, terceiro a ser declamado no dia do lançamento do livro Sorrisos, amores e dores: em ordem alfabética.

ÉRIKA

Amiga, fostes então.
Um vento apenas soprou
e teu espírito voou.
Para um além,
bem longe de todas as nossas
insignificantes possibilidades.

Jovem como tu eras,
era viva que te queria a vida.
Mas te fez sumir num tempo
rouco, quase mudo,
te fez sumir do nosso mundo.
Levou tua felicidade.

Será que diluiu teu sofrimento?
O que fazes tu neste momento?

A tua intensidade ficou
em nossos corações e
a tua ausência se faz
presente em nossas
recordações...


Voilá!

Uma homenagem a minha amiga Érika que nos deixou tão jovem. Quando morreu estava com 25 anos e muita vontade de viver.

Amava muito as pessoas e a vida. Sofria imensamente as dores e vivia intensamente os amores.

Isso aconteceu há mais ou menos 30 anos. 

Ficou registrada a nossa amizade nesse poema.


EM BUSCA DO CONTO


quinta-feira, 14 de abril de 2016

sábado, 9 de abril de 2016

O FASCÍNIO DA LEITURA



Estou lendo estes dois livros:

- VIDA, de Keith Richars

- OS PORÕES DA CONTRAVENÇÃO, de Aloy Jupiara e Chico Otávio

Estou no início, mas ambos me parecem bastante interessantes!

Aos poucos, irei contando a vocês sobre estas duas obras.

VIDA é da Editora Globo

OS PORÕES DA CONTRAVENÇÃO é da Editora Record



quinta-feira, 7 de abril de 2016

EM BUSCA DO CONTO



Toda pessoa tem histórias da vida para contar.
Uma grande parte delas pensa não ter talento para escrever ou não ser a sua história importante
ou até mesmo interessante para ser contada.
O que não é verdade!
Todas as histórias deveriam, sim, ser contadas.
Cada vez que aquela história for lida por alguém em qualquer lugar,
em qualquer tempo, ela será vivida novamente,
e, ao saírem do mundo individual de quem escreve,
as histórias passam a ter vida própria e se separam do autor.
Passam a encantar as outras pessoas e até mesmo o próprio autor.


A Ideia e Ideais Editora tem o Projeto Em Busca do Conto, em que apresenta o tema: 

"Belas histórias de luta, superação e sucesso"

Leia o regulamento no site www.ideiaeideaiseditora.com e participe.

Venha contar sua história de superação!

quinta-feira, 31 de março de 2016

UM ARIANO DE RESPONSABILIDADE


Embora tenha passado o dia 27 de março, penso que ainda é tempo de homenagear um poeta contemporâneo que eu gosto tanto de ler e que nasceu nesse dia.

Do signo de áries, Affonso Romano de Sant'anna é sublime.

Uma vez li, em um recorte de jornal, Quando os amantes dormem. Lindo! Bonito demais! Mais tarde descobri que aquele texto que guardo, ainda com marcas de dobras, em minha gaveta, fora escrito por ele, Affonso Romano de Sant'anna.

Um verdadeiro maestro dos sentimentos!

Hoje, em homenagem a este grande escritor, e a mando de meu coração, eu vou publicar aqui neste blogue o poema SEPARAÇÃO, de autoria dele.

"Separação

Desmontar a casa
e o amor. Despregar
os sentimentos das paredes e lençóis.
Recolher as cortinas
após a tempestade
das conversas.
O amor não resistiu
às balas, pragas, flores
e corpos de intermeio.

Empilhar livros, quadros,
discos e remorsos.
Esperar o infernal
juízo final do desamor.

Vizinhos se assustam de manhã
ante os destroços junto à porta:
- pareciam se amar tanto!

Houve um tempo:
uma casa de campo,
fotos em Veneza,
um tempo em que sorridente
o amor aglutinava festas e jantares.

Amou-se um certo modo de despir-se
de pentear-se.
Amou-se um sorriso e um certo
modo de botar a mesa. Amou-se
um certo modo de amar.

No entanto, o amor bate em retirada
com suas roupas amassadas, tropas de insultos
malas desesperadas, soluços embargados.

Faltou amor no amor?
Gastou-se o amor no amor?
Fartou-se o amor?

No quarto dos filhos
outra derrota à vista:
bonecos e brinquedos pendem
numa colagem de afetos natimortos.

O amor ruiu e tem pressa de ir embora
envergonhado.

Erguerá outra casa, o amor?
Escolherá objetos, morará na praia?
Viajará na neve e na neblina?

Tonto, perplexo, sem rumo
um corpo sai porta afora
com pedaços de passado na cabeça
e um impreciso futuro.
No peito o coração pesa
mais que uma mala de chumbo."


Fenomenal!!

segunda-feira, 21 de março de 2016

ODE À LUA



Oi, gente!
Conforme o combinado, estou a publicar mais um poema, dos que foram declamados, do livro Sorrisos, amores e dores, de minha autoria.

ODE À LUA

Lua esplendor,
que Deus guie seus passos,
que seja imperatriz
de todos os reinados.
Sua luz seja contemplada e
que todos os namorados a venerem!
Para você, que protege meu amor,
todo o universo.
Que em todos os novos mundos,
que possam surgir em meio a trevas,
você nasça.
Seja amarelo claro,
seja amarelo ouro,
seja a cor do amor.
Será A LUA!
e só você iluminará
todos aqueles que amam.


Um poema lírico em homenagem à lua. Em uma época de paixão e fantasia.

É o amor!


sexta-feira, 11 de março de 2016

LEITURA E COLHEITA (IV)


Continuando a dissecar o livro de Luzia de Maria, chegamos ao final.

PARTE III - LIVROS E LEITURAS - PARTILHAR

Estamos agora na Parte III, o final do livro Leitura e Colheita. 
Luzia de Maria apresenta, no Capítulo 1, depoimentos de brasileiros com aproximadamente 40 anos de idade e destaca um ponto em comum entre eles: a leitura como um ato de subversão. Pessoas que naquela época de juventude sentiam como se ler não fosse algo tão bom. Ou pelo menos tão importante para a formação do estudante.
Chama a nossa atenção para frases de alguns pais como “apague as luzes, vai estragar as vistas” e outras com o sentido de que ler não era tão importante, para filhos que liam em seus quartos à noite. Eles (os filhos) diriam que “Ler era mil vezes melhor que estudar”.
Comenta sobre o livro Como um romance, de Daniel Pennac, que aborda a questão da leitura por si só. E consegue atingir pela sensibilidade. Esse, segundo ela, é livro para se devorar de um fôlego apenas.
 
Mais adiante no Capítulo 2, relata a maravilhosa experiência de se sentir autora. E começa o capítulo com a cena final do filme Sociedade dos Poetas Mortos, representativa da repetição servil e fiel das pessoas. Em que “o novo surpreende, assusta e incomoda”.
Discorre sobre as mudanças ocorridas na educação nos anos 70. Surge, nessa época, a redação como ingrediente novo e assim instalam-se num sentido crescente as aulas de produção textual. De modo que, pela necessidade veemente desses conhecimentos, passam a predominar o tecnicismo, os modelos padrões de escrita, e, por se tratar de cobrança, de obrigação, leva à penúria vocabular e à ausência de motivação.

Luzia de Maria aprova o aprimoramento do senso crítico das crianças com a escrita desde a pré-escola. Em que nível for, para ela, a leitura é um modificador para todos que querem escrever.

No decorrer da última parte, alguns livros com a temática leitura e escrita nos são apresentados. Temas como aprender a ler, leitor, a criança e a escrita na fase inicial, a escrita e a escola, e por aí vai, criticando de modo construtivo, indagando, com a finalidade de nortear pequisas, encontrando pontos de conflito. Trabalhando sob depoimentos, a leitura, por fim, na concepção apresentada neste livro, se faz sedutora e pronta a encaminhar positivamente estudantes e pessoas em geral, ao encantar a imaginação e deliciar os olhos e a lógica com as palavras.

No Capítulo 6, da III Parte, ela tece alusões sobre o livro-álbum de arte D. Quixote, com fragmentos do texto de Cervantes, desenhos de Portinari e poemas de Drummond.
Um primor! Não acham?

Bom, cheguei ao fim de minha resenha crítica, eu diria. Comecei em outubro do ano passado e terminei agora em março. Foram cinco publicações neste blogue. Desde o dia em que assisti ao programa da TV FASE, com Luzia de Maria, até hoje.
O livro tem 174 (cento e setenta e quatro páginas). Este exemplar que estou nas mãos é a 2ª Edição.

Luzia de Maria escreveu outros livros O que é conto, Machado de Assis – As Artimanhas do humano, Drummond – Um olhar amoroso, Minha caixa de sonhar – Histórias de viagens para jovens de qualquer idade e recebeu alguns prêmios, além de criar e dirigir o jornal-revista PRAvaLER, também assessorou Darcy Ribeiro com a revista Informação Pedagógica.


terça-feira, 1 de março de 2016

ANDANÇAS


Publicarei alguns dos poemas que foram recitados no dia do lançamento de meu livro Sorrisos, amores e dores.



A recitação começou com o poema  


ANDANÇAS

Dos tempos de criança
que me solto à lembrança
da bola no chão, da pipa no céu,
a vida tinha gosto de mel.

O tempo monarca levou-me moça à rua passear,
mãos dadas sorrindo, pulando e caindo,
no trem da saudade vou-me indo.

O corpo já feito, os olhos mais fortes,
o segredo da vida se tornara familiar,
via-me chorando, aprendera a beijar,
estava a caminho de saber amar.

Os fantasmas do destino,
lado a lado com o meu coração,
testaram meu corpo intacto,
colocaram-me no deserto,
espetaram-me um cacto.

A dama da inocência me serviu
um cálice de doçura,
não entendi o que o destino queria,
não retribuí a altura.

Os olhos do tempo me faziam gingar,
o sopro do vento vinha sussurrar,
as mãos do artista vinham me moldar.

Colocaram-me em um palco,
a solidão amargurava meu coração.
Deuses do amor aproximaram-se,
ninfas da vertigem adormeceram-me.

Os sonhos invadiram minha mente,
senti um calor incandescente,
asas brancas envolveram-me,
a clareza da sedução delineou-me,
lapidaram-me. Chegou o amor!

Criou feridas em meu corpo,
as foices da mágoa apunhalaram-me,
as mãos tenras do prazer me foram anfitriãs.
Sobrevivi pela força de ser mulher.

Em outro vestido, me colocaram fora do ato,
passei as mãos em minha dor,
acatei as falas do amor,
caminhei por um longo chão sem cor.

Acordei com os olhos na lua e
os cabelos lentos da segurança
tomaram meu corpo.
Continuei com fé,
pronta para minha andança.



Aguardo os comentários de vocês, leitores. Para quem escreve é sempre bom ouvir o que tem a dizer quem lê. 
Este poema fiz há muito, desde o primeiro amor até o início do amadurecimento na vida.


POESIA NA MANHÃ DE SÁBADO



Na manhã de autógrafos do livro Sorrisos, amores e dores, desta bloguista, foi tudo muito tranquilo e favorável!

Um sábado literário, em que amigos e amigas se reuniram para o lançamento do livro, em um encontro agradável, em que a leitura de poemas foi o grande momento.


Aí estou eu e Sorrisos, amores e dores - em ordem alfabética -.

Agradeço o carinho daqueles e daquelas que puderam comparecer e participar junto comigo dessa realização pessoal.

A propósito, para adquirirem um exemplar do livro, devem entrar em contato com a autora pelo e-mail ritatrebecker@gmail.com.






quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

SORRISOS, AMORES E DORES

Após longos anos de gaveta, tomei a atitude de publicar meus poemas. Dei o nome do livro de
 Sorrisos, amores e dores  
em ordem alfabética.

Bom, também resolvi publicá-lo sob demanda, tiragem pequena, de forma que não sejam impressos tantos livros, como geralmente acontece, e  fiquem nas prateleiras, acumulando poeira.
Caso o autor queira imprimir mais é só encomendar. Penso ser melhor assim.

Como é de praxe, farei o lançamento no sábado, 27 de fevereiro, na Ideia e Ideais Editora, no Valparaíso.


O livro SORRISOS, AMORES E DORES traz poemas de várias fases de minha vida. 
Não me preocupei em identificá-los pelo momento em que foram escritos.
 Optei por publicá-los em ordem alfabética. 
De modo que foram se encaixando pelos títulos e assim ficaram. Aleatórios.
Os sorrisos são as felicidades, 
os amores são tudo que possa ter alterado os meus batimentos cardíacos, 
desde as paixões até o amor maduro da eternidade, enquanto dure. 
As dores estão sempre presentes, em alguns nãos, em alguns senões, 
em decepções e perdas. 
Tudo o mais se encaixa nas palavras ditas por aí e por aqui.
Um livro de poemas tem alma e alma é o sopro de Deus na criação da vida.

Olhem a capa como ficou!

Com o passar dos dias, pretendo publicar aqui uma ou outra poesia do livro.



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A ATUAL LOGOMARCA DA EDITORA E O PROFISSIONAL RESPONSÁVEL POR ELA



A Ideia e Ideais Editora nasceu de uma parceria entre duas amigas, no início do ano passado, 2015. 
Por vários motivos não pôde continuar. Houve uma modificação e a editora precisou se reestruturar.
Com a sabedoria de dar alguns passos para trás a fim de novamente seguir em frente, a editora retornou fortalecida.
Por isso, pessoal, criou-se outra logomarca. Antes, era também linda, só que tinha uma outra face.
Eu já postei aqui no blogue a logomarca, com o título IDEIA E IDEAIS EDITORA – REPAGINADA.

A fim de ilustrar tudo isso, convidei o designer André Hansen, responsável pela nova logomarca, para uma entrevista em que ele esclarece um pouco do que é a profissão, nos fala a respeito da criação da logomarca da editora e dá alguns conselhos a quem está iniciando neste campo tão árduo, porém criativo, funcional e de resultados notáveis. Exatamente como se referiu André: fica a cara da empresa.


IIE: André, como você se descobriu designer?
Esta é uma pergunta um tanto quanto difícil de responder pois, na época em que optei pela carreira, as informações a respeito eram escassas. Naquele tempo eu sabia apenas da minha aptidão para o desenho e a pintura, o que faço desde muito pequeno como algo natural.

Em busca de uma profissão que valorizasse tais aptidões acabei lendo e me informando sobre esta profissão, seu surgimento com o movimento (escola) BAUHAUS e os desdobramentos que começavam a aparecer aqui no Brasil.
Posso dizer que fui influenciado e seduzido pela possibilidade de usar meu trabalho artístico e estético para cumprir funções que não eram meramente decorativas e aumentar o leque de possibilidades de ação, trabalhando com a comunicação, a informação, a ilustração. Enfim, em projetos e não em obras isoladas.

IIE: O designer é um artista plástico?
Não, de forma alguma. Não temos e não queremos ter o mesmo grau de liberdade que possuem os artistas. Aliás, é comum sermos procurados por artistas que precisam de alguém capaz de auxiliá-los a reproduzirem seus trabalhos (catálogos impressos, por exemplo). Alguém que possua conhecimento técnico apurado e possa, junto com a arte, reproduzir em escala industrial aquilo que o artista tem como obra.

IIE: Qual a sua formação? Desde quando você atua na profissão?

Sou bacharel em Comunicação Visual, formado em 1987, pela antiga Faculdade de Cidade e atual UniverCidade. Naquela época havia uma tentativa, na minha opinião equivocada, de tentar traduzir para a língua portuguesa palavras que eram usadas no mundo inteiro para designar a profissão. Hoje você encontra o curso universitário de Design Gráfico, porém naquela época (até o final dos anos 80 e meados dos 90) era chamado de “comunicação visual”.
Trabalhei como ilustrador no início dos anos 80, antes de entrar para a faculdade e durante a mesma. Estagiei no Jornal do Brasil durante o curso.
Depois de formado, resolvi fazer cursos complementares fora do Brasil e minha primeira opção foi a Suíça, onde sabia que poderia encontrar, convivendo harmonicamente, a arte tradicional e antiga e o novo universo tecnológico que estava dando seus primeiros passos. Ao mesmo tempo que estudava gravura em metal e aerografia (técnicas muito antigas), dava os primeiros passos na computação gráfica.

IIE: Certamente, você teve ou tem algumas influências na sua arte, quais?
A escola BAUHAUS, na Alemanha, era a referência na época e para alguns continua sendo. Ao longo da carreira - e por questões políticas - acabei me distanciando de certos dogmas herdados na época da faculdade. É lógico que existem pessoas, figuras humanas, que chamam a atenção pela qualidade do que produzem, no entanto um designer deve buscar sua própria identidade e estilo.
Somos treinados para isso e buscamos isso o tempo todo. Outro fator importante é a necessidade de aprendizado constante, pois cada projeto se transforma num novo desafio e você adquire novos conhecimentos.
Vai um pouco além das outras profissões, pois os temas são muito variados. Para citar apenas um exemplo, um designer capista (que trabalha numa editora fazendo capas de livros) precisa ler cada livro para poder desenvolver cada capa.

IIE: Especializou-se em alguma área?
Sim. Por ter trabalhado para algumas grandes instituições na área de eventos e por força de mercado acabei me especializando em identidade visual (hoje chamada Branding).

IIE: Como surge no designer André Hansen a inspiração para a sua prática?
O designer é um projetista e não há fórmula mágica quando o assunto é design. Costumamos dizer que nossa profissão é constituída de 10% de inspiração e 90% de transpiração, fazendo alusão à pesquisa, ao estudo e ao trabalho árduo que cerca cada projeto.

IIE: Como seu deu o processo da criação da logomarca da Ideia e Ideais Editora?
A metodologia para a criação de uma identidade visual é conversar, ouvir o cliente, perguntar sobre tudo e se inteirar sobre o que anda acontecendo no mercado, em áreas afins. Existe um ditado que diz: “O primeiro passo para uma boa ilustração é uma boa pesquisa”. No final de cada projeto temos a certeza de que fomos a ferramenta para fazer aquilo que o cliente queria de melhor e mais exequível possível. Como dizem por aí “ficou a cara da empresa” com todo o aparato técnico que viabiliza o uso adequado do projeto.

IIE: Ao entregar o produto ao cliente, qual o grau de satisfação do designer André Hansen?
Na maioria das vezes, nunca fico inteiramente satisfeito e isto pode prolongar alguns cronogramas. No entanto, tenho a consciência de que é preciso impor limites e que vivemos numa sociedade onde o tempo é crucial. Procuro nestes casos a ajuda do próprio cliente para que juntos determinemos a execução dos projetos. Vale lembrar que um projeto gráfico ou de produto pode e deve sofrer alterações com o passar do tempo e seguindo um raciocínio baseado em estudos mercadológicos é possível determinar uma periodicidade. Em suma, os projetos são abertos. 

IIE: Para aqueles que hoje escolhem a profissão designer gráfico, o que você aconselha?
Estudo, prática e valorização do trabalho bem feito. Procurar ser brilhante em todos esses itens, com certeza terá a chance do sucesso profissional.

Muito obrigada, André, pelos esclarecimentos a respeito da profissão que você abraçou.
Sem dúvidas, a logomarca da Ideia e Ideais ficou ótima e bem funcional.
A editora e este blogue estarão prontos a atendê-lo no que precisar.

Aí, gente, aqui em baixo está o link para o facebook do André.


http://Facebook/ André Hansen - Designer Gráfico

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