quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

A chuva, a terra e você


Gosto de olhar a chuva,
de ouvir o som da água chegando.
Gosto de sentir a frescura do ar,
de molhar a mão,
molhar o rosto,
na água da chuva,
que vem refrescar a terra.

Gosto de olhar para a chuva,
de olhar a cor azul do céu sumindo.
Gosto de sentir a calmaria aparente,
de pertencer ao grão,
pertencer ao chão da terra,
que a chuva há de encharcar.

Gosto de olhar através da chuva,
de tocar na gota que escorre do fio.
Gosto de sentir nos cabelos,
de sentir no corpo,
o gelo da água da chuva,
que vem refrescar a terra.

Gosto de olhar na cor da chuva,
de imaginar a chuva azulando.
Gosto de sentir o gosto da chuva,
de experimentar o sal,
experimentar o doce da terra,
que a chuva há de encharcar.

Gosto do barulho vagaroso da chuva
a chegar do céu ao chão.
Gosto de sentir o frescor do ar,
o friozinho que brota do mar.
E molhar meu corpo
em meio a água da chuva,
que vem refrescar a terra.

Gosto do seu corpo na chuva,
de pensar nele ao meu encostando.
Gosto de olhar você,
de sentir seus lábios molhados,
senti-los sobre os meus.
Corpos deitados na terra,
que a chuva há de encharcar.

  A angústia de um pesar      Durante a madrugada me vieram lembranças. Um tanto quanto estranha a minha alma estava que, ...