Gosto
de olhar a chuva,
de
ouvir o som da água chegando.
Gosto
de sentir a frescura do ar,
de
molhar a mão,
molhar
o rosto,
na
água da chuva,
que
vem refrescar a terra.
Gosto
de olhar para a chuva,
de
olhar a cor azul do céu sumindo.
Gosto
de sentir a calmaria aparente,
de
pertencer ao grão,
pertencer
ao chão da terra,
que
a chuva há de encharcar.
Gosto
de olhar através da chuva,
de
tocar na gota que escorre do fio.
Gosto
de sentir nos cabelos,
de
sentir no corpo,
o
gelo da água da chuva,
que
vem refrescar a terra.
Gosto
de olhar na cor da chuva,
de
imaginar a chuva azulando.
Gosto
de sentir o gosto da chuva,
de
experimentar o sal,
experimentar
o doce da terra,
que
a chuva há de encharcar.
Gosto
do barulho vagaroso da chuva
a
chegar do céu ao chão.
Gosto
de sentir o frescor do ar,
o
friozinho que brota do mar.
E
molhar meu corpo
em
meio a água da chuva,
que
vem refrescar a terra.
Gosto
do seu corpo na chuva,
de
pensar nele ao meu encostando.
Gosto
de olhar você,
de
sentir seus lábios molhados,
senti-los
sobre os meus.
Corpos
deitados na terra,
que
a chuva há de encharcar.