terça-feira, 31 de maio de 2016

LEMBRAR, APENAS LEMBRAR


Oi, amigos e amigas, publico mais um poema do meu livro Sorrisos, amores e dores.

LEMBRAR, APENAS LEMBRAR

Eu, em uma tábua,
a Renata* na outra.
Frio, fogo, a noite chegando.
Cantávamos...
Cantamos muito...
Caetano, Ivan Lins, Milton...

- 'Clareia, manhã!
O sol a esconder a clara estrela, ardente,
pérola do céu refletindo teu corpo...'

Assim, deitadas sobre uma tábua.
Cada uma em uma.
A fogueira apagou,
o sono chegou...
Araras,
mil novecentos e oitenta e... não sei!!!
não quero saber,
saber a data para quê?
Lembrar, apenas lembrar!


Este poema é uma homenagem aos amigos. Nesse dia, fomos a Araras, aqui mesmo em Petrópolis. Passamos a noite de sábado e o domingo lá. Na casa de um casal de amigos (Soninha e Marco André).

Faz muito tempo... Éramos jovens!!

Lembro de todos que lá estavam: *Renata (minha irmã), Garinzinho, Xandinho (madá), Marlene, Patricinha (saudade!), Ricardinho.
Bom, Marco André, Soninha e eu.


No dia do lançamento do livro, a interpretação foi feita pela Terezinha. Parabéns, amiga!


sexta-feira, 13 de maio de 2016

PELA CABEÇA OU PELA RAIZ




Quando se corta o mal pela cabeça, para que ele não cresça, a raiz engrossa.

O mal, a gente corta é pela raiz.


Hoje, estou mesmo um pouco triste e reflexiva.

Muitos amigos foram coadjuvantes da mudança que ocorreu em nosso país, todavia ficará para a história essa espécie de conspiração que, por mais que tenha sido disfarçada de legalidade, foi construída por uma maioria de pessoas desonestas e aflitas. Como se fosse o roto falando do esfarrapado.

Muitos interesses em jogo e uma parte do nosso povo aplaudindo, torcendo por mais essa ilegalidade. Muitos se acham sabedores da realidade e ainda menosprezam outros, cuja visão de mundo difere.

Poderia ter sido diferente, poderiam ter tido boa vontade de ajudar e não de perseguir e ultrajar.

Uma pena!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

BEZERRA DA SILVA – AQUELE QUE ENXERGAVA LONGE


Pernambucano, de Recife, nasceu em 1927. Veio bem cedo para o Rio de Janeiro, trabalhou na construção civil, como ajudante de pedreiro e pintor; um pouco mais tarde, de acordo com o site www.dicionariompb.com.br foi compositor, instrumentista, cantor. Morreu em janeiro de 2005.

Para mim, mais um visionário.

Aqui, já falei de Camões, quando, lá no século XVI, dizia da falta de piedade dos homens e eu trouxe alguns versos de Lusíadas para a atualidade, no caso dos refugiados. No facebook da Ideia e Ideais Editora falei de Shakespeare e a sua face dramática de cunho universal, lembrando da podridão dos homens. E agora, trago para este blogue: Bezerra da Silva.
Merecedor de um documentário chamado Onde a coruja dorme, direção e roteiro de Marcia Derraik e Simplício Neto, e de um livro, intitulado Bezerra da Silva, produto do morro - trajetória e obra de um sambista que não foi santo, de Letícia C. R. Vianna, esse cidadão não está fazendo aniversário nem tampouco há, por agora, uma data especial sobre ele para comemorar.

Estou elogiando Bezerra da Silva pela sua obra, principalmente pela música Se gritar pega ladrão, mais precisamente esta estrofe:

Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um
Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um”

Não disse, mais atual do que isso? Não tem para Shakespeare nem para Camões.

Dá-lhe Bezerra da Silva!!!!

  A angústia de um pesar      Durante a madrugada me vieram lembranças. Um tanto quanto estranha a minha alma estava que, ...