segunda-feira, 2 de maio de 2016

BEZERRA DA SILVA – AQUELE QUE ENXERGAVA LONGE


Pernambucano, de Recife, nasceu em 1927. Veio bem cedo para o Rio de Janeiro, trabalhou na construção civil, como ajudante de pedreiro e pintor; um pouco mais tarde, de acordo com o site www.dicionariompb.com.br foi compositor, instrumentista, cantor. Morreu em janeiro de 2005.

Para mim, mais um visionário.

Aqui, já falei de Camões, quando, lá no século XVI, dizia da falta de piedade dos homens e eu trouxe alguns versos de Lusíadas para a atualidade, no caso dos refugiados. No facebook da Ideia e Ideais Editora falei de Shakespeare e a sua face dramática de cunho universal, lembrando da podridão dos homens. E agora, trago para este blogue: Bezerra da Silva.
Merecedor de um documentário chamado Onde a coruja dorme, direção e roteiro de Marcia Derraik e Simplício Neto, e de um livro, intitulado Bezerra da Silva, produto do morro - trajetória e obra de um sambista que não foi santo, de Letícia C. R. Vianna, esse cidadão não está fazendo aniversário nem tampouco há, por agora, uma data especial sobre ele para comemorar.

Estou elogiando Bezerra da Silva pela sua obra, principalmente pela música Se gritar pega ladrão, mais precisamente esta estrofe:

Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um
Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um”

Não disse, mais atual do que isso? Não tem para Shakespeare nem para Camões.

Dá-lhe Bezerra da Silva!!!!

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