COM
TODA SINCERIDADE
Se
eu pudesse, pularia a semana em que temos o Natal e o Ano Novo. São
apenas nove dias, eu contei. De 24 de dezembro a 01 de janeiro. Assim
mesmo que eu faria. No dia 23, à meia-noite, dormiria. Só acordaria
em 01 de janeiro, também à meia-noite.
Portanto,
sem mesas fartas, sem árvores de Natal, sem a obrigatoriedade de
presentes ou esmolas. Depois, na passagem de um ano para outro, eu
não ouviria os fogos a brilhar no céu da noite e não precisaria
desejar o mesmo Feliz Ano Novo como acontece toda vez. Não porque eu
não deseje o bem para os meus amigos, mas porque é sempre a mesma
situação. Música, cerveja, comida, bum, bum, abraços, beijos,
chororô. Dormir.
Dia
1º, ressaca, cansaço e mais comida, cerveja ou vinho, talvez
champanhe. Repetição de desejos, anseios, objetivos a serem
alcançados.
Ah,
não! Por mim, esses dias sumiriam do meu calendário, não servem
para mais nada, nem mesmo de referência. Não passam de uma grande
bobagem humana. A vida segue e seguirá seu rumo sem esses festejos
impostos a todos.
Chega-se
a um tempo no tempo que não precisamos mais de disfarces dos
sentimentos. Muito menos manter as aparências. Amizade, amor,
felicidade, a gente encontra por aí. Abraços podem ser dados sem
motivos, e esperança, - diz a sabedoria popular - é a última que
morre. Portanto, a esperança vai conosco até o túmulo.
Que
diferença tudo isso faz?
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