quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A ATUAL LOGOMARCA DA EDITORA E O PROFISSIONAL RESPONSÁVEL POR ELA



A Ideia e Ideais Editora nasceu de uma parceria entre duas amigas, no início do ano passado, 2015. 
Por vários motivos não pôde continuar. Houve uma modificação e a editora precisou se reestruturar.
Com a sabedoria de dar alguns passos para trás a fim de novamente seguir em frente, a editora retornou fortalecida.
Por isso, pessoal, criou-se outra logomarca. Antes, era também linda, só que tinha uma outra face.
Eu já postei aqui no blogue a logomarca, com o título IDEIA E IDEAIS EDITORA – REPAGINADA.

A fim de ilustrar tudo isso, convidei o designer André Hansen, responsável pela nova logomarca, para uma entrevista em que ele esclarece um pouco do que é a profissão, nos fala a respeito da criação da logomarca da editora e dá alguns conselhos a quem está iniciando neste campo tão árduo, porém criativo, funcional e de resultados notáveis. Exatamente como se referiu André: fica a cara da empresa.


IIE: André, como você se descobriu designer?
Esta é uma pergunta um tanto quanto difícil de responder pois, na época em que optei pela carreira, as informações a respeito eram escassas. Naquele tempo eu sabia apenas da minha aptidão para o desenho e a pintura, o que faço desde muito pequeno como algo natural.

Em busca de uma profissão que valorizasse tais aptidões acabei lendo e me informando sobre esta profissão, seu surgimento com o movimento (escola) BAUHAUS e os desdobramentos que começavam a aparecer aqui no Brasil.
Posso dizer que fui influenciado e seduzido pela possibilidade de usar meu trabalho artístico e estético para cumprir funções que não eram meramente decorativas e aumentar o leque de possibilidades de ação, trabalhando com a comunicação, a informação, a ilustração. Enfim, em projetos e não em obras isoladas.

IIE: O designer é um artista plástico?
Não, de forma alguma. Não temos e não queremos ter o mesmo grau de liberdade que possuem os artistas. Aliás, é comum sermos procurados por artistas que precisam de alguém capaz de auxiliá-los a reproduzirem seus trabalhos (catálogos impressos, por exemplo). Alguém que possua conhecimento técnico apurado e possa, junto com a arte, reproduzir em escala industrial aquilo que o artista tem como obra.

IIE: Qual a sua formação? Desde quando você atua na profissão?

Sou bacharel em Comunicação Visual, formado em 1987, pela antiga Faculdade de Cidade e atual UniverCidade. Naquela época havia uma tentativa, na minha opinião equivocada, de tentar traduzir para a língua portuguesa palavras que eram usadas no mundo inteiro para designar a profissão. Hoje você encontra o curso universitário de Design Gráfico, porém naquela época (até o final dos anos 80 e meados dos 90) era chamado de “comunicação visual”.
Trabalhei como ilustrador no início dos anos 80, antes de entrar para a faculdade e durante a mesma. Estagiei no Jornal do Brasil durante o curso.
Depois de formado, resolvi fazer cursos complementares fora do Brasil e minha primeira opção foi a Suíça, onde sabia que poderia encontrar, convivendo harmonicamente, a arte tradicional e antiga e o novo universo tecnológico que estava dando seus primeiros passos. Ao mesmo tempo que estudava gravura em metal e aerografia (técnicas muito antigas), dava os primeiros passos na computação gráfica.

IIE: Certamente, você teve ou tem algumas influências na sua arte, quais?
A escola BAUHAUS, na Alemanha, era a referência na época e para alguns continua sendo. Ao longo da carreira - e por questões políticas - acabei me distanciando de certos dogmas herdados na época da faculdade. É lógico que existem pessoas, figuras humanas, que chamam a atenção pela qualidade do que produzem, no entanto um designer deve buscar sua própria identidade e estilo.
Somos treinados para isso e buscamos isso o tempo todo. Outro fator importante é a necessidade de aprendizado constante, pois cada projeto se transforma num novo desafio e você adquire novos conhecimentos.
Vai um pouco além das outras profissões, pois os temas são muito variados. Para citar apenas um exemplo, um designer capista (que trabalha numa editora fazendo capas de livros) precisa ler cada livro para poder desenvolver cada capa.

IIE: Especializou-se em alguma área?
Sim. Por ter trabalhado para algumas grandes instituições na área de eventos e por força de mercado acabei me especializando em identidade visual (hoje chamada Branding).

IIE: Como surge no designer André Hansen a inspiração para a sua prática?
O designer é um projetista e não há fórmula mágica quando o assunto é design. Costumamos dizer que nossa profissão é constituída de 10% de inspiração e 90% de transpiração, fazendo alusão à pesquisa, ao estudo e ao trabalho árduo que cerca cada projeto.

IIE: Como seu deu o processo da criação da logomarca da Ideia e Ideais Editora?
A metodologia para a criação de uma identidade visual é conversar, ouvir o cliente, perguntar sobre tudo e se inteirar sobre o que anda acontecendo no mercado, em áreas afins. Existe um ditado que diz: “O primeiro passo para uma boa ilustração é uma boa pesquisa”. No final de cada projeto temos a certeza de que fomos a ferramenta para fazer aquilo que o cliente queria de melhor e mais exequível possível. Como dizem por aí “ficou a cara da empresa” com todo o aparato técnico que viabiliza o uso adequado do projeto.

IIE: Ao entregar o produto ao cliente, qual o grau de satisfação do designer André Hansen?
Na maioria das vezes, nunca fico inteiramente satisfeito e isto pode prolongar alguns cronogramas. No entanto, tenho a consciência de que é preciso impor limites e que vivemos numa sociedade onde o tempo é crucial. Procuro nestes casos a ajuda do próprio cliente para que juntos determinemos a execução dos projetos. Vale lembrar que um projeto gráfico ou de produto pode e deve sofrer alterações com o passar do tempo e seguindo um raciocínio baseado em estudos mercadológicos é possível determinar uma periodicidade. Em suma, os projetos são abertos. 

IIE: Para aqueles que hoje escolhem a profissão designer gráfico, o que você aconselha?
Estudo, prática e valorização do trabalho bem feito. Procurar ser brilhante em todos esses itens, com certeza terá a chance do sucesso profissional.

Muito obrigada, André, pelos esclarecimentos a respeito da profissão que você abraçou.
Sem dúvidas, a logomarca da Ideia e Ideais ficou ótima e bem funcional.
A editora e este blogue estarão prontos a atendê-lo no que precisar.

Aí, gente, aqui em baixo está o link para o facebook do André.


http://Facebook/ André Hansen - Designer Gráfico

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