CAMÕES,
UM VISIONÁRIO
“(…)
129
-
Põe-me onde se use toda a feridade,
Entre
leões e tigres, e verei
Se
neles achar posso a piedade
que
entre peitos humanos não achei”
(…)”
Em
pleno século XVI, Luiz Vaz de Camões, em Os Lusíadas, já faz suas
considerações sobre a falta de piedade inerente ao homem.
Esse
fragmento pertence ao Episódio Inês de Castro, Canto III, Estância 129. Camões
com seus decassílabos heroicos narra a história do assassinato de
Inês de Castro, por D. Afonso IV, rei de Portugal, em virtude do
caso de amor proibido entre ela (Inês) e o príncipe Dom Pedro,
filho de Dom Afonso.
É a
súplica pela vida. Inês pede piedade e não encontra a
resposta que queria, foi morta pelos brutos matadores do
rei.
Como
podem ver, desde há muito a humanidade se faz cruel. O
amor entre eles e o assassinato dela
ocorreu no século XIV.
Escrevi
este texto em homenagem aos refugiados que suplicam
ao menos um
pouco de piedade pelas dificuldades que
estão passando!
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