quarta-feira, 9 de novembro de 2016
MEDO
Sinto medo e uma grande tristeza em relação ao caminho que segue a humanidade...
E o pior é que algumas pessoas próximas nem estão se dando conta do que pensam e falam. Repetem como papagaios o que leem nas redes sociais e o que ouvem de outras pessoas convictas da certeza do que pensam ser certo.
Sinto medo quando leio em alguns jornais determinados políticos se manifestarem como se fossem "os cheios de razão". E alguns amigos concordam com estes tipos.
Sinto medo do preconceito escancarado, mais do que o velado. Sinto medo do extremismo da direita e do radicalismo cego de quem não ouve ninguém.
Sinto medo quando vejo alguém deixar um lixo cair no chão e não pegar; mais medo ainda sinto quando ouço alguém que não se importa de jogar um guarda-chuva velho no rio ou aqueles que jogam papel higiênico no vaso da privada, sem ao menos entender que aquilo vai direto para as águas dos rios.
Sinto medo das pessoas e do mundo. Sinto medo do caminho que segue a humanidade.
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
CARTA DA TERRA
Para refletir
PREÂMBULO
(...)
Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz.
(...)
Isto é só um pedacinho dela...
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
LUTO
SALVE A PLUTOCRACIA!!!
SALVE A CLEPTOCRACIA!!!
QUE PENA, VIOLENTOU-SE A DEMOCRACIA!
QUAL O PROBLEMA?
NINGUÉM SE IMPORTA, NÃO É MESMO
ESTOU UM POUCO TRISTE.
AGORA, NÃO TEM MAIS JEITO
QUE PENA!!!
QUEM VIVER VERÁ...
terça-feira, 2 de agosto de 2016
INFÂNCIA - MINHA HISTÓRIA - Continuação
O
gato – de quem falei antes - era filhote e se chamava Mescalito. O
nome de um personagem do livro de Carlos Castañeda, chamado A Erva
do Diabo. Era um dos autores mais lidos nos anos 80.
Nesse
morrinho, perdi um crucifixo e a corrente, ambos de prata. Eu
estimava muito essa joia. Senti muita tristeza, por isso.
O
pé de limão ficou grande e bonito. Meu pai dizia que um homem
precisava escrever um livro, ter filhos e plantar uma árvore. Ele
plantou o pé de limão, teve três filhos com minha mãe e que eu
saiba não escreveu nenhum livro.
-
Na vida, nem tudo acontece como nós prevemos.
O
quintal era o nosso mundo de criança. Corríamos para lá e para cá.
Minha
irmã, mais bebê, colocou um botão da flor de limão dentro
do nariz, minha mãe teve de sair correndo pra conseguir que ela o
colocasse para fora. E lembro foi difícil ela entender o movimento
de expulsar que precisaria fazer com as narinas.
Em
frente ao muro da casa, havia um poço. Em que as pessoas da vila e
às vezes da rua em frente apanhavam água com uma lata presa a um
pau. Faltava água da rua, por vezes.
E
esse momento de falta d'água se tornava um momento de prosa afiada
entre as pessoas. Muito bom! Tudo, em minha lembrança, era muito
bom.
Outro
dia vi uma foto desse quintal.
Minha irmã, naquela época, pequenininha, em pé. E por trás dela, no fundo da foto, a gente vê a Malharia Águia. Uma fábrica de maiôs, com fama internacional. Não está mais localizada ali, mas ainda existe.
Minha irmã, naquela época, pequenininha, em pé. E por trás dela, no fundo da foto, a gente vê a Malharia Águia. Uma fábrica de maiôs, com fama internacional. Não está mais localizada ali, mas ainda existe.
Uma
época de glamour. As misses – daqueles concursos de miss - vinham
de longe fazer prova dos maiôs. Tiravam fotos para revistas. E nós
- os moradores daqui de perto - ficávamos olhando, com o maior
gosto.
No
morrinho de saibro, eu ficava brincando. Havia umas aranhas não
perigosas, eu acho. Elas entravam em um buraco na terra e o cobriam
com uma espécie de teia mais consistente. Ficava uma tampinha na
terra.
Ali,
conheci também aqueles tatuzinhos, não sei se lembram ou se
conhecem. Uns pequeninos que fechados ficam iguais a uma bolinha
preta. Nunca mais os vi. Bem pequeninos mesmo.
Ah!
as contas da planta chamada popularmente como lágrimas de Nossa
Senhora! Nesse nosso quintal tinha um pé. Fazia colares com as
contas. Agulha, fio de nylon. Furava a bolinha e passava o fio de
nylon. Depois fechava, com um nó.
As
mulheres sempre costumam costurar, tecer os fios da vida. Montar os
colares, conta por conta. Arrumar as bolinhas, escolher as cores
entre os tons de verde. Textura. Tecido. Vida contada.
Conheci
as lesmas, moles, nojentas, babavam as plantas e o muro. As crianças,
sem ainda noção do que é mesmo mal, cometem algumas maldades
(inocentes!!). Em um certo dia, fiz um experimento: joguei água
fervendo sobre uma lesma, grande. Gorda. Comia pedaços de uma
planta.
-
Nossa! A lesma se desintegrou. Começou a abrir do lado. Encolher e
virou uma coisa esquisita, seca.
Ai,
que horror! Não me senti bem com aquilo. Talvez tenha entendido o
que não era bom. O que não se devia fazer. Chorei e pedi perdão a
Deus. Minha mãe me orientou, é lógico!
(Depois, continuo...)
sábado, 30 de julho de 2016
INFÂNCIA - MINHA HISTÓRIA

Senti
saudades do quarto apertado em que ficávamos. Três
camas. A casa tinha dois quartos apenas. Éramos três (meu irmão,
eu e minha irmã). Nessa ordem mesmo de chegada ao mundo.
O
quintal era pequeno, com chão de terra. Um murinho e um portão de
uma pessoa só.
Casa
de vila. Assim como essas casas para os trabalhadores de uma fábrica.
Todas iguais. Viradas uma de frente para a outra. Como se sorrissem
sempre umas para as outras. Como se assistissem a hora de dormir, a
hora de acordar, a hora de se fechar. Umas das outras.
A
vila, vazia de carros. Naquela época, os carros eram poucos. Apenas
um vizinho que trabalhava na Vulcan - fábrica de plástico - tinha
uma kombi.
Atrás
de nossa casa havia um morrinho, morrinho mesmo. Em que meu pai
plantara um pé de limão. Nesse morrinho, mais tarde, enterrei
meu gato.
Todo
de saibro, o morrinho se prestava às nossas brincadeiras. Fiz até
um cantinho para uma Nossa Senhora. Um lugar de reza. Meu, só meu.
Brincávamos
de ferrinho. Uma brincadeira em que jogávamos o ferrinho no chão de
terra para fincar e íamos riscando de um ponto a outro. Quem deixasse o ferrinho
cair na hora de fincar, dava a vez para o outro. Ganhava quem desse a
volta e chegasse primeiro ao ponto de partida. Fechando assim o circuito.
Acho
que enterramos nosso cachorro no morrinho também. O Tobby.
(Depois, continuo...)
terça-feira, 26 de julho de 2016
A ONDA
Olá! Às vezes preciso falar com você que por ventura lê este blog. Engraçado como sinto falta de escrever aqui.
Sei que outras vezes paro um pouco, sabe, só que quando algo parece me incomodar no coração e uma vontade doida de dizer, venho aqui e digo.
Assisti, nesse final de semana, ao filme A ONDA, direção de Denis Gansel. Filme alemão, lançado em 2008. Ficção baseada em fatos.
É bom. Principalmente, para quem vive a sala de aula. Vale muito a pena!
Sei que outras vezes paro um pouco, sabe, só que quando algo parece me incomodar no coração e uma vontade doida de dizer, venho aqui e digo.
Assisti, nesse final de semana, ao filme A ONDA, direção de Denis Gansel. Filme alemão, lançado em 2008. Ficção baseada em fatos.
Pequena sinopse, copiada do site adorocinema:
"Baseado no romance "The Wave" de Todd Strasser (sob o pseudônimo de Morton Rhue), uma história de ficção, mas que foi baseada em fatos. Em abril de 1967, em uma escola de ensino médio em Palo Alto, na Califórnia, o professor Ron Jones fez o experimento mostrado no filme com os seus alunos, e o chamou de "Third Wave"."
"Baseado no romance "The Wave" de Todd Strasser (sob o pseudônimo de Morton Rhue), uma história de ficção, mas que foi baseada em fatos. Em abril de 1967, em uma escola de ensino médio em Palo Alto, na Califórnia, o professor Ron Jones fez o experimento mostrado no filme com os seus alunos, e o chamou de "Third Wave"."
É impactante, sim. A estratégia pedagógica serviria de exemplo, se não fosse as consequências desastrosas. Vale pela possibilidade de reavaliar as práticas docentes. Vale também pelos conceitos filosóficos de algumas situações vividas pela humanidade.
É bom. Principalmente, para quem vive a sala de aula. Vale muito a pena!
Um link para o trailler:
sexta-feira, 22 de julho de 2016
CÁLCULO DE LOMBADAS DE LIVROS
Olhem só! Encontrei na Web, no link abaixo:
http://www.portalchambril.com.br/index.php/br/area-do-grafico/calculadora
uma forma de calcular largura de lombadas de livros a serem publicados.
A meu ver, pode ser bastante útil.
Grande Suzano Papel e Celulose!
sexta-feira, 17 de junho de 2016
VAL-ZINE - UM ZINE DO VALPARAÍSO
Dez de junho! Dia da Língua Portuguesa e dia de lançar o VAL-ZINE
Um jornalzinho do Valparaíso com muitas histórias e histórias. Sejam em fotos, em contos, crônicas e poesias.
Vejam a foto da primeira página: VOILÁ!! Aí está. Falarei dele mais tarde. Até
terça-feira, 31 de maio de 2016
LEMBRAR, APENAS LEMBRAR
Oi, amigos e amigas, publico mais um poema do meu livro Sorrisos, amores e dores.
LEMBRAR, APENAS LEMBRAR
Eu, em uma tábua,
Eu, em uma tábua,
a
Renata* na outra.
Frio,
fogo, a noite chegando.
Cantávamos...
Cantamos
muito...
Caetano,
Ivan Lins, Milton...
-
'Clareia, manhã!
O
sol a esconder a clara estrela, ardente,
pérola
do céu refletindo teu corpo...'
Assim,
deitadas sobre uma tábua.
Cada
uma em uma.
A
fogueira apagou,
o
sono chegou...
Araras,
mil
novecentos e oitenta e... não sei!!!
não
quero saber,
saber
a data para quê?
Lembrar,
apenas lembrar!
Este poema é uma homenagem aos amigos. Nesse dia, fomos a Araras, aqui mesmo em Petrópolis. Passamos a noite de sábado e o domingo lá. Na casa de um casal de amigos (Soninha e Marco André).
Faz muito tempo... Éramos jovens!!
Lembro de todos que lá estavam: *Renata (minha irmã), Garinzinho, Xandinho (madá), Marlene, Patricinha (saudade!), Ricardinho.
Bom, Marco André, Soninha e eu.
sexta-feira, 13 de maio de 2016
PELA CABEÇA OU PELA RAIZ
Quando se corta o mal pela cabeça, para que ele não cresça, a raiz engrossa.
O mal, a gente corta é pela raiz.
Hoje, estou mesmo um pouco triste e reflexiva.
Muitos amigos foram coadjuvantes da mudança que ocorreu em nosso país, todavia ficará para a história essa espécie de conspiração que, por mais que tenha sido disfarçada de legalidade, foi construída por uma maioria de pessoas desonestas e aflitas. Como se fosse o roto falando do esfarrapado.
Muitos interesses em jogo e uma parte do nosso povo aplaudindo, torcendo por mais essa ilegalidade. Muitos se acham sabedores da realidade e ainda menosprezam outros, cuja visão de mundo difere.
Poderia ter sido diferente, poderiam ter tido boa vontade de ajudar e não de perseguir e ultrajar.
Uma pena!
segunda-feira, 2 de maio de 2016
BEZERRA DA SILVA – AQUELE QUE ENXERGAVA LONGE
Pernambucano,
de Recife, nasceu em 1927. Veio bem cedo para o Rio de Janeiro,
trabalhou na construção civil, como ajudante de pedreiro e pintor;
um pouco mais tarde, de acordo com o site www.dicionariompb.com.br
foi compositor, instrumentista, cantor. Morreu em janeiro de 2005.
Para
mim, mais um visionário.
Aqui,
já falei de Camões, quando, lá no século XVI, dizia da falta de
piedade dos homens e eu trouxe alguns versos de Lusíadas para a atualidade,
no caso dos refugiados. No facebook da Ideia e Ideais Editora falei
de Shakespeare e a sua face dramática de cunho universal, lembrando
da podridão dos homens. E agora, trago para este blogue: Bezerra da
Silva.
Merecedor
de um documentário chamado Onde a coruja dorme, direção e
roteiro de Marcia Derraik e Simplício Neto, e de um livro,
intitulado Bezerra da Silva, produto do morro - trajetória e obra
de um sambista que não foi santo, de Letícia C. R. Vianna, esse
cidadão não está fazendo aniversário nem tampouco há, por agora,
uma data especial sobre ele para comemorar.
Estou
elogiando Bezerra da Silva pela sua obra, principalmente pela música
Se gritar pega ladrão, mais precisamente esta estrofe:
“Se
gritar pega ladrão, não fica um meu irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um
Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um”
Se gritar pega ladrão, não fica um
Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um”
Não
disse, mais atual do que isso? Não tem para Shakespeare nem para
Camões.
Dá-lhe
Bezerra da Silva!!!!
quarta-feira, 20 de abril de 2016
ÉRIKA
Hoje, publico o poema ÉRIKA, terceiro a ser declamado no dia do lançamento do livro Sorrisos, amores e dores: em ordem alfabética.
ÉRIKA
Amiga,
fostes então.
Um
vento apenas soprou
e
teu espírito voou.
Para
um além,
bem
longe de todas as nossas
insignificantes
possibilidades.
Jovem
como tu eras,
era
viva que te queria a vida.
Mas
te fez sumir num tempo
rouco,
quase mudo,
te
fez sumir do nosso mundo.
Levou
tua felicidade.
Será
que diluiu teu sofrimento?
O
que fazes tu neste momento?
A
tua intensidade ficou
em
nossos corações e
a
tua ausência se faz
presente
em nossas
recordações...
Voilá!
Uma homenagem a minha amiga Érika que nos deixou tão jovem. Quando morreu estava com 25 anos e muita vontade de viver.
Uma homenagem a minha amiga Érika que nos deixou tão jovem. Quando morreu estava com 25 anos e muita vontade de viver.
Amava muito as pessoas e a vida. Sofria imensamente as dores e vivia intensamente os amores.
Isso aconteceu há mais ou menos 30 anos.
Ficou registrada a nossa amizade nesse poema.
quinta-feira, 14 de abril de 2016
sábado, 9 de abril de 2016
O FASCÍNIO DA LEITURA
Estou lendo estes dois livros:

- OS PORÕES DA CONTRAVENÇÃO, de Aloy Jupiara e Chico Otávio
Estou no início, mas ambos me parecem bastante interessantes!
Aos poucos, irei contando a vocês sobre estas duas obras.
VIDA é da Editora Globo
OS PORÕES DA CONTRAVENÇÃO é da Editora Record
quinta-feira, 7 de abril de 2016
EM BUSCA DO CONTO
Toda pessoa tem histórias da vida para contar.
Uma grande parte delas pensa não ter talento para escrever ou não ser a sua história importante
ou até mesmo interessante para ser contada.
O que não é verdade!
Todas as histórias deveriam, sim, ser contadas.
Cada vez que aquela história for lida por alguém em qualquer lugar,
em qualquer tempo, ela será vivida novamente,
e, ao saírem do mundo individual de quem escreve,
as histórias passam a ter vida própria e se separam do autor.
Passam a encantar as outras pessoas e até mesmo o próprio autor.
"Belas histórias de luta, superação e sucesso"
Leia o regulamento no site www.ideiaeideaiseditora.com e participe.
Venha contar sua história de superação!
quinta-feira, 31 de março de 2016
UM ARIANO DE RESPONSABILIDADE
Embora tenha passado o dia 27 de março, penso que ainda é tempo de homenagear um poeta contemporâneo que eu gosto tanto de ler e que nasceu nesse dia.
Do signo de áries, Affonso Romano de Sant'anna é sublime.
Uma vez li, em um recorte de jornal, Quando os amantes dormem. Lindo! Bonito demais! Mais tarde descobri que aquele texto que guardo, ainda com marcas de dobras, em minha gaveta, fora escrito por ele, Affonso Romano de Sant'anna.
Um verdadeiro maestro dos sentimentos!
Hoje, em homenagem a este grande escritor, e a mando de meu coração, eu vou publicar aqui neste blogue o poema SEPARAÇÃO, de autoria dele.
"Separação
Desmontar a casa
e o amor. Despregar
os sentimentos das paredes e lençóis.
Recolher as cortinas
após a tempestade
das conversas.
O amor não resistiu
às balas, pragas, flores
e corpos de intermeio.
Empilhar livros, quadros,
discos e remorsos.
Esperar o infernal
juízo final do desamor.
Vizinhos se assustam de manhã
ante os destroços junto à porta:
- pareciam se amar tanto!
Houve um tempo:
uma casa de campo,
fotos em Veneza,
um tempo em que sorridente
o amor aglutinava festas e jantares.
Amou-se um certo modo de despir-se
de pentear-se.
Amou-se um sorriso e um certo
modo de botar a mesa. Amou-se
um certo modo de amar.
No entanto, o amor bate em retirada
com suas roupas amassadas, tropas de insultos
malas desesperadas, soluços embargados.
Faltou amor no amor?
Gastou-se o amor no amor?
Fartou-se o amor?
No quarto dos filhos
outra derrota à vista:
bonecos e brinquedos pendem
numa colagem de afetos natimortos.
O amor ruiu e tem pressa de ir embora
envergonhado.
Erguerá outra casa, o amor?
Escolherá objetos, morará na praia?
Viajará na neve e na neblina?
Tonto, perplexo, sem rumo
um corpo sai porta afora
com pedaços de passado na cabeça
e um impreciso futuro.
No peito o coração pesa
mais que uma mala de chumbo."
Fenomenal!!
segunda-feira, 21 de março de 2016
ODE À LUA
Oi, gente!
Conforme o combinado, estou a publicar mais um poema, dos que foram declamados, do livro Sorrisos, amores e dores, de minha autoria.
ODE À LUA
Lua
esplendor,
que
Deus guie seus passos,
que
seja imperatriz
Sua
luz seja contemplada e
que
todos os namorados a venerem!
Para
você, que protege meu amor,
todo
o universo.
Que
em todos os novos mundos,
que
possam surgir em meio a trevas,
você
nasça.
Seja
amarelo claro,
seja
amarelo ouro,
seja
a cor do amor.
Será
A LUA!
e
só você iluminará
todos
aqueles que amam.
Um poema lírico em homenagem à lua. Em uma época de paixão e fantasia.
É o amor!
É o amor!
sexta-feira, 11 de março de 2016
LEITURA E COLHEITA (IV)
Continuando
a dissecar o livro de Luzia de Maria, chegamos ao final.
PARTE
III - LIVROS E LEITURAS - PARTILHAR
Estamos
agora na Parte III, o final do livro Leitura e Colheita.
Luzia de Maria apresenta, no Capítulo 1, depoimentos de brasileiros com aproximadamente 40 anos de idade e destaca um ponto em comum entre eles: a leitura como um ato de subversão. Pessoas que naquela época de juventude sentiam como se ler não fosse algo tão bom. Ou pelo menos tão importante para a formação do estudante.
Luzia de Maria apresenta, no Capítulo 1, depoimentos de brasileiros com aproximadamente 40 anos de idade e destaca um ponto em comum entre eles: a leitura como um ato de subversão. Pessoas que naquela época de juventude sentiam como se ler não fosse algo tão bom. Ou pelo menos tão importante para a formação do estudante.
Chama
a nossa atenção para frases de alguns pais como “apague as luzes,
vai estragar as vistas” e outras com o sentido de que ler não era
tão importante, para filhos que liam em seus quartos à noite. Eles
(os filhos) diriam que “Ler era mil vezes melhor que estudar”.
Comenta
sobre o livro Como um romance, de Daniel Pennac, que aborda a
questão da leitura por si só. E consegue atingir pela sensibilidade.
Esse, segundo ela, é livro para se devorar de um fôlego apenas.
Mais
adiante no Capítulo 2, relata a maravilhosa experiência de se
sentir autora. E começa o capítulo com a cena final do filme
Sociedade dos Poetas Mortos, representativa da repetição
servil e fiel das pessoas. Em que “o novo surpreende, assusta e
incomoda”.
Discorre
sobre as mudanças ocorridas na educação nos anos 70. Surge, nessa
época, a redação como ingrediente novo e assim instalam-se num
sentido crescente as aulas de produção textual. De modo que, pela
necessidade veemente desses conhecimentos, passam a predominar o
tecnicismo, os modelos padrões de escrita, e, por se tratar de
cobrança, de obrigação, leva à penúria vocabular e à ausência
de motivação.
Luzia de Maria aprova o aprimoramento do senso crítico das crianças com a escrita desde a pré-escola. Em que nível for, para ela, a leitura é um modificador para todos que querem escrever.
No decorrer da última parte, alguns livros com a temática leitura e escrita nos são apresentados. Temas como aprender a ler, leitor, a criança e a escrita na fase inicial, a escrita e a escola, e por aí vai, criticando de modo construtivo, indagando, com a finalidade de nortear pequisas, encontrando pontos de conflito. Trabalhando sob depoimentos, a leitura, por fim, na concepção apresentada neste livro, se faz sedutora e pronta a encaminhar positivamente estudantes e pessoas em geral, ao encantar a imaginação e deliciar os olhos e a lógica com as palavras.
No Capítulo 6, da III Parte, ela tece alusões sobre o livro-álbum de arte D. Quixote, com fragmentos do texto de Cervantes, desenhos de Portinari e poemas de Drummond.
Um
primor! Não acham?
Bom,
cheguei ao fim de minha resenha crítica, eu diria. Comecei em
outubro do ano passado e terminei agora em março. Foram cinco
publicações neste blogue. Desde o dia em que assisti ao programa da
TV FASE, com Luzia de Maria, até hoje.
O
livro tem 174 (cento e setenta e quatro páginas). Este exemplar que
estou nas mãos é a 2ª Edição.
Luzia
de Maria escreveu outros livros O que é conto, Machado de Assis –
As Artimanhas do humano, Drummond – Um olhar amoroso, Minha caixa
de sonhar – Histórias de viagens para jovens de qualquer idade e
recebeu alguns prêmios, além de criar e dirigir o jornal-revista
PRAvaLER, também assessorou Darcy Ribeiro com a revista Informação
Pedagógica.
terça-feira, 1 de março de 2016
ANDANÇAS
Publicarei alguns dos poemas que foram recitados no dia do lançamento de meu livro Sorrisos, amores e dores.
A recitação
começou com o poema
ANDANÇAS
Dos
tempos de criança
que
me solto à lembrança
da
bola no chão, da pipa no céu,
a
vida tinha gosto de mel.
O
tempo monarca levou-me moça à rua passear,
mãos
dadas sorrindo, pulando e caindo,
no
trem da saudade vou-me indo.
O
corpo já feito, os olhos mais fortes,
o
segredo da vida se tornara familiar,
via-me
chorando, aprendera a beijar,
estava
a caminho de saber amar.
Os
fantasmas do destino,
lado
a lado com o meu coração,
testaram
meu corpo intacto,
colocaram-me
no deserto,
espetaram-me
um cacto.
A
dama da inocência me serviu
um
cálice de doçura,
não
entendi o que o destino queria,
não
retribuí a altura.
Os
olhos do tempo me faziam gingar,
o
sopro do vento vinha sussurrar,
as
mãos do artista vinham me moldar.
Colocaram-me
em um palco,
a
solidão amargurava meu coração.
Deuses
do amor aproximaram-se,
ninfas
da vertigem adormeceram-me.
Os
sonhos invadiram minha mente,
senti
um calor incandescente,
asas
brancas envolveram-me,
a
clareza da sedução delineou-me,
lapidaram-me.
Chegou o amor!
Criou
feridas em meu corpo,
as
foices da mágoa apunhalaram-me,
as
mãos tenras do prazer me foram anfitriãs.
Sobrevivi
pela força de ser mulher.
Em
outro vestido, me colocaram fora do ato,
passei
as mãos em minha dor,
acatei
as falas do amor,
caminhei
por um longo chão sem cor.
Acordei
com os olhos na lua e
os
cabelos lentos da segurança
tomaram
meu corpo.
Continuei
com fé,
pronta
para minha andança.
Aguardo
os comentários de vocês, leitores. Para quem escreve é sempre bom
ouvir o que tem a dizer quem lê.
Este
poema fiz há muito, desde o primeiro amor até o início do
amadurecimento na vida.
POESIA NA MANHÃ DE SÁBADO
Na manhã de autógrafos do livro Sorrisos, amores e dores, desta bloguista, foi tudo muito tranquilo e favorável!
Um sábado literário, em que amigos e amigas se reuniram para o lançamento do livro, em um encontro agradável, em que a leitura de poemas foi o grande momento.
Aí estou eu e Sorrisos, amores e dores - em ordem alfabética -.
Agradeço o carinho daqueles e daquelas que puderam comparecer e participar junto comigo dessa realização pessoal.
A propósito, para adquirirem um exemplar do livro, devem entrar em contato com a autora pelo e-mail ritatrebecker@gmail.com.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
SORRISOS, AMORES E DORES
Após longos anos de gaveta, tomei a atitude de publicar meus poemas. Dei o nome do livro de
Bom, também resolvi publicá-lo sob demanda, tiragem pequena, de forma que não sejam impressos tantos livros, como geralmente acontece, e fiquem nas prateleiras, acumulando poeira.
Caso o autor queira imprimir mais é só encomendar. Penso ser melhor assim.
Como é de praxe, farei o lançamento no sábado, 27 de fevereiro, na Ideia e Ideais Editora, no Valparaíso.
Sorrisos, amores e dores
em ordem alfabética.
Bom, também resolvi publicá-lo sob demanda, tiragem pequena, de forma que não sejam impressos tantos livros, como geralmente acontece, e fiquem nas prateleiras, acumulando poeira.
Caso o autor queira imprimir mais é só encomendar. Penso ser melhor assim.
Como é de praxe, farei o lançamento no sábado, 27 de fevereiro, na Ideia e Ideais Editora, no Valparaíso.
Não me preocupei em identificá-los pelo momento em que foram
escritos.
Optei por publicá-los em ordem alfabética.
De modo que
foram se encaixando pelos títulos e assim ficaram. Aleatórios.
Os
sorrisos são as felicidades,
os amores são tudo que possa ter
alterado os meus batimentos cardíacos,
desde as paixões até o amor
maduro da eternidade, enquanto dure.
As dores estão sempre
presentes, em alguns nãos, em alguns senões,
em decepções e
perdas.
Tudo o mais se encaixa nas palavras ditas por aí e por aqui.
Um
livro de poemas tem alma e alma é o sopro de Deus na criação da
vida.
Olhem a capa como ficou!
Com o passar dos dias, pretendo publicar aqui uma ou outra poesia do livro.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
A ATUAL LOGOMARCA DA EDITORA E O PROFISSIONAL RESPONSÁVEL POR ELA
A
Ideia e Ideais Editora nasceu de uma parceria entre duas amigas, no
início do ano passado, 2015.
Por vários motivos não pôde continuar. Houve uma modificação e a editora precisou se reestruturar.
Por vários motivos não pôde continuar. Houve uma modificação e a editora precisou se reestruturar.
Com
a sabedoria de dar alguns passos para trás a fim de novamente seguir
em frente, a editora retornou fortalecida.
Por
isso, pessoal, criou-se outra logomarca. Antes, era também linda, só
que tinha uma outra face.
Eu
já postei aqui no blogue a logomarca, com o título IDEIA E IDEAIS
EDITORA – REPAGINADA.
A
fim de ilustrar tudo isso, convidei o designer André Hansen,
responsável pela nova logomarca, para uma entrevista em que ele
esclarece um pouco do que é a profissão, nos fala a respeito da
criação da logomarca da editora e dá alguns conselhos a quem está
iniciando neste campo tão árduo, porém criativo, funcional e de
resultados notáveis. Exatamente como se referiu André: fica a cara
da empresa.
IIE:
André, como você se descobriu designer?
Esta
é uma pergunta um tanto quanto difícil de responder pois, na época
em que optei pela carreira, as informações a respeito eram
escassas. Naquele tempo eu sabia apenas da minha aptidão para o
desenho e a pintura, o que faço desde muito pequeno como algo
natural.
Em
busca de uma profissão que valorizasse tais aptidões acabei lendo e
me informando sobre esta profissão, seu surgimento com o movimento
(escola) BAUHAUS e os desdobramentos que começavam a aparecer aqui
no Brasil.
Posso
dizer que fui influenciado e seduzido pela possibilidade de usar meu
trabalho artístico e estético para cumprir funções que não eram
meramente decorativas e aumentar o leque de possibilidades de ação,
trabalhando com a comunicação, a informação, a ilustração.
Enfim, em projetos e não em obras isoladas.
IIE:
O designer é um artista plástico?
Não,
de forma alguma. Não temos e não queremos ter o mesmo grau de
liberdade que possuem os artistas. Aliás, é comum sermos procurados
por artistas que precisam de alguém capaz de auxiliá-los a
reproduzirem seus trabalhos (catálogos impressos, por exemplo).
Alguém que possua conhecimento técnico apurado e possa, junto com a
arte, reproduzir em escala industrial aquilo que o artista tem como
obra.
IIE: Qual a sua formação? Desde quando você atua na profissão?
IIE: Qual a sua formação? Desde quando você atua na profissão?
Sou bacharel em Comunicação Visual, formado em 1987, pela antiga Faculdade de Cidade e atual UniverCidade. Naquela época havia uma tentativa, na minha opinião equivocada, de tentar traduzir para a língua portuguesa palavras que eram usadas no mundo inteiro para designar a profissão. Hoje você encontra o curso universitário de Design Gráfico, porém naquela época (até o final dos anos 80 e meados dos 90) era chamado de “comunicação visual”.
Trabalhei
como ilustrador no início dos anos 80, antes de entrar para a
faculdade e durante a mesma. Estagiei no Jornal do Brasil durante o
curso.
Depois
de formado, resolvi fazer cursos complementares fora do Brasil e
minha primeira opção foi a Suíça, onde sabia que poderia
encontrar, convivendo harmonicamente, a arte tradicional e antiga e o
novo universo tecnológico que estava dando seus primeiros passos. Ao
mesmo tempo que estudava gravura em metal e aerografia (técnicas
muito antigas), dava os primeiros passos na computação gráfica.
IIE:
Certamente, você teve ou tem algumas influências na sua arte,
quais?
A
escola BAUHAUS, na Alemanha, era a referência na época e para
alguns continua sendo. Ao longo da carreira - e por questões
políticas - acabei me distanciando de certos dogmas herdados na
época da faculdade. É lógico que existem pessoas, figuras humanas,
que chamam a atenção pela qualidade do que produzem, no entanto um
designer deve buscar sua própria identidade e estilo.
Somos
treinados para isso e buscamos isso o tempo todo. Outro fator
importante é a necessidade de aprendizado constante, pois cada
projeto se transforma num novo desafio e você adquire novos
conhecimentos.
Vai
um pouco além das outras profissões, pois os temas são muito
variados. Para citar apenas um exemplo, um designer capista (que
trabalha numa editora fazendo capas de livros) precisa ler cada livro
para poder desenvolver cada capa.
IIE:
Especializou-se em alguma área?
Sim.
Por ter trabalhado para algumas grandes instituições na área de
eventos e por força de mercado acabei me especializando em
identidade visual (hoje chamada Branding).
IIE: Como surge no designer André Hansen a inspiração para a sua prática?
O
designer é um projetista e não há fórmula mágica quando o
assunto é design. Costumamos dizer que nossa profissão é
constituída de 10% de inspiração e 90% de transpiração, fazendo
alusão à pesquisa, ao estudo e ao trabalho árduo que cerca cada
projeto.
IIE:
Como seu deu o processo da criação da logomarca da Ideia e Ideais
Editora?
A
metodologia para a criação de uma identidade visual é conversar,
ouvir o cliente, perguntar sobre tudo e se inteirar sobre o que anda
acontecendo no mercado, em áreas afins. Existe um ditado que diz: “O
primeiro passo para uma boa ilustração é uma boa pesquisa”. No
final de cada projeto temos a certeza de que fomos a ferramenta para
fazer aquilo que o cliente queria de melhor e mais exequível
possível. Como dizem por aí “ficou a cara da empresa” com todo
o aparato técnico que viabiliza o uso adequado do projeto.
IIE:
Ao entregar o produto ao cliente, qual o grau de satisfação do
designer André Hansen?
Na
maioria das vezes, nunca fico inteiramente satisfeito e isto pode
prolongar alguns cronogramas. No entanto, tenho a consciência de que
é preciso impor limites e que vivemos numa sociedade onde o tempo é
crucial. Procuro nestes casos a ajuda do próprio cliente para que
juntos determinemos a execução dos projetos. Vale lembrar que um
projeto gráfico ou de produto pode e deve sofrer alterações com o
passar do tempo e seguindo um raciocínio baseado em estudos
mercadológicos é possível determinar uma periodicidade. Em suma,
os projetos são abertos.
IIE:
Para aqueles que hoje escolhem a profissão designer gráfico, o que
você aconselha?
Estudo,
prática e valorização do trabalho bem feito. Procurar ser
brilhante em todos esses itens, com certeza terá a chance do sucesso
profissional.
Muito obrigada, André, pelos esclarecimentos a respeito da profissão que você abraçou.
Sem dúvidas, a logomarca da Ideia e Ideais ficou ótima e bem funcional.
A editora e este blogue estarão prontos a atendê-lo no que precisar.
Aí, gente, aqui em baixo está o link para o facebook do André.
http://Facebook/ André Hansen - Designer Gráfico
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